Há uma máxima entre muitos historiadores que dão conta que a história é cíclica, seguindo processos repetidos ao longo do tempo. Talvez, das poucas coisas que mudam drasticamente a história são as evoluções tecnológicas, cujo tema não é o foco deste texto.
A breve reflexão histórica tem a ver com o comportamento, tanto das grandes estrelas do futebol (ou do esporte) quanto das entidades esportivas em seu modo de gestão. Em ambos, assistimos constantemente casos fortuitos, de erros repetidos, que prejudicam suas respectivas imagens ou trajetória profissional.
Dos atletas, fatos como os de Jobson, Adriano e Bruno (para ficar apenas com atletas brasileiros do futebol) se reproduziram em espelho após Garrincha, Reinaldo e Paulo César Caju, sem a devida compreensão e aprendizagem sobre as consequências de uma vida desregrada na sociedade que afetam a evolução de suas carreiras e pós-carreira.
Seria isso evitável sob a ótica da sociedade ou a “organização futebol” ou a “organização esportiva” poderia adotar medidas profiláticas para que tais fatos não se sobressaiam ante a natureza real da sua prática?
No que se refere às entidades esportivas, será que elas estão devidamente preparadas para tratar com cuidado de questões de ordem pessoal dos atletas? E quais poderiam ser os reais benefícios de medidas que induzam um melhor comportamento de todos os agentes envolvidos neste meio?
A verdade é que os desvios comportamentais são inerentes da condição humana. Em organizações mais evoluídas, como a NBA, ocorrem periodicamente casos de desvios de conduta por parte dos atletas, possuindo, uma resposta e uma atitude mais clara e precisa da entidade para a manutenção de sua imagem corporativa.
O risco de atitudes como a que assistimos de Oscar Pistorius na semana passada, a ponto de manchar a sua idolatria nacional e mundial, além de arrastar todo um segmento que vinha se desenvolvendo em um sentido exponencial e positivo por conta dele para um grande ponto de interrogação pode ser minimizado por estratégias de gestão de crises pelas entidades que o cercam. E isso não é diferente na indústria do futebol.
Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br