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Edmundo, Vampeta, Petkovic, Dodô, Fernandão. Todos foram craques indispensáveis há cinco, dez anos atrás. Hoje, curiosamente, são a válvula de escape para os cinco times que representam.
 
A exportação desenfreada do pé-de-obra brasileiro tem feito com que a longevidade do futebol no Brasil não seja uma questão meramente física, mas sobretudo psicológica.
 
A molecada do Corinthians visivelmente evoluiu desde que Vampeta entrou em campo. Mais do que o toque de qualidade, a malandragem ou a experiência, o que Vampeta dá aos jogadores é fôlego. Fôlego para escapar da pressão da mídia.
 
A história desses jogadores no futebol faz com que, invariavelmente, os jornalistas saiam em sua caça ao término da partida. O Corinthians perdeu? Vampeta fala. O Santos criou pouco? Perguntem ao Pet. O Inter ainda está bambo? É o Fernandão que sabe dizer legal o porquê. O Palmeiras não ganha em casa? O Botafogo parou de vencer? Edmundo e Dodô são que têm de dar explicações.
 
Os craques do passado recente se tornaram a referência de hoje para a imprensa, ávida por polêmica e carente de ídolos tanto quanto as torcidas. Vampeta sempre rende ótimas matérias e excelentes discussões. Edmundo nunca é apático quando dá uma resposta. E por aí vai.
 
Fernandão fez com que a imprensa do Sul pegasse leve com Pato. Vampeta é hoje o pára-raios da torcida.
 
Bom era o tempo em que um Corinthians tinha Viola, Neto e Ronaldo para criar polêmica. Mas, do jeito que a coisa está em breve os times pedirão para entrarem com 12 em campo.
 

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