A dança dos treinadores 2

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Há um ano escrevia nesta Universidade do Futebol sobre a constante troca de treinadores por parte dos clubes, que é tratada por estas organizações como a “solução de todos os problemas”. Ora, “futebol é resultado”, afirma a grande maioria ao justificar este tipo de mudança.

Em 2011 o fenômeno se repete e não se vislumbra uma correção de rumo consistente para as próximas temporadas do futebol. Sempre reflito sobre o assunto e me pergunto o porquê de tentarem sistematicamente a mesma solução e esta incrivelmente não funcionar: seria culpa apenas dos gestores dos clubes?

Até pouco tempo eu acreditava que sim, que o problema estava centrado unicamente na gestão. Contudo, ao conversar com amigos, professores e treinadores que estão no mercado é possível afirmar que tudo isso não passa de algo cultural. Tudo bem, novamente nenhuma novidade!

Mas é muito estranho perceber que os próprios treinadores aceitam a instabilidade do seu cargo como algo absolutamente normal. Não parece existir uma luta para que as coisas mudem e deem certo na próxima vez. Que se faça uma reanálise constante dos pontos positivos e negativos de seu histórico como treinador e procure um processo de mudança.

A desculpa sempre recai no senso comum: “futebol é resultado e três derrotas seguidas, independente da forma como elas aconteceram, são mais do que justificáveis para a demissão”. Olha-se apenas para o domingo e não para o trabalho que é realizado ao longo da semana.

A verdade é que os treinadores saem de um clube a outro repetindo seus próprios erros. A persistência de ambos, dirigentes e treinadores, em relação às mesmas atitudes é o que inibe o desenvolvimento e o crescimento do conhecimento neste mercado.

E mudar este cenário é possível?

Cultura é uma das coisas mais difíceis de serem mudadas. Apenas a renovação dos agentes envolvidos somado a uma educação maciça aos que hoje labutam no processo parece ser a melhor solução para minimizar erros e transformar os processos de tomadas de decisão no futebol em algo mais técnico e não tão pautado no senso comum.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br  

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