Estamos assistindo a uma eminente situação no Campeonato Brasileiro de um possível rebaixamento de um grande clube para a Série B. Mais uma vez. E este, se confirmar o feito, repetirá o descenso em menos de uma década.
Muitas pessoas diziam que isto não mais ocorreria com um grande clube, principalmente, pelo faturamento vultuoso que as principais equipes passaram a receber dos direitos de transmissão e outras propriedades de marketing, muito acima daquilo que os clubes de médio e pequeno porte têm condições de alcançar.
Isto é verdade quando pensamos no modelo europeu, em que os maiores times de cada liga lideram tanto a tabela de faturamento quanto a do campeonato, de uma maneira perene ao longo do tempo.
Portanto, nos principais torneios do velho mundo, há uma correlação bastante forte entre as receitas e o desempenho em campo.
O que explica um pouco o fenômeno ocorrido no Brasil é a gestão. Ou a má aplicação dos princípios de administração do esporte no seu sentido estrito. É ela que é capaz de tornar um grande clube em pequeno e um de pequeno-médio porte em uma equipe minimamente competitiva nas competições em que disputa.
É fundamental, portanto, para os grandes clubes, passar a compreender melhor a lógica e a transformação do mercado como um todo. Do contrário, vamos assistir paulatinamente à inversão das tabelas de receitas com as esportivas.
Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br