Atletas pelo Brasil

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O esporte brasileiro sempre nos brindou com grandes ídolos. Pelé, Garrincha, Senna, Zico, Sócrates, Irmãos Grael, Oscar, Romário, Eder Jofre, Guga, Robert Scheidt, Adhemar Ferreira da Silva, João do Pulo, Hortência, Paula, Bernardinho, Gustavo Borges, dentre tantos outros que, desculpas à minha mistura de falta de memória com ignorância, acabo por esquecer de listar, aqui, no panteão.

Nessa constelação, porém, destacam-se dois nomes de absoluta relevância ao esporte nacional, no presente, cujo legado de luta será ainda mais valioso no futuro (breve).

Ana Moser e Raí. Líderes do movimento "Atletas pelo Brasil" que, antes, muito apropriadamente, chamava-se "Atletas pela Cidadania".

O papel desempenhado por estes dois grandes ícones do nosso esporte na articulação e união dos atletas do país para transformar a sociedade é digno de absoluto elogio.

Além de comandarem suas prestigiadas ONGs – Instituto Esporte Educação e Fundação Gol de Letra – que executam programas de inclusão social através do esporte, sobra-lhes tempo para mobilizar a categoria de atletas e ex-atletas para que a transformação social esteja na sua pauta.

Uma dos importantes sonhos pleiteados pelo grupo é que se dê importância ao papel educacional que o esporte possui e, naturalmente, 100% das escolas tenham infraestrutura de quadras poliesportivas e de profissionais de educação física habilitados para trabalhar com a mais moderna concepção do esporte integrado à cidadania (questões de gênero, acessibilidade, pluralidade de modalidades esportivas, etc.)

A mais recente luta, com vitória parcial até agora, foi a aprovação da Medida Provisória n. 620/2013, que altera a Lei Pelé.
Parcial vitória, pois a aprovação ocorreu na Câmara dos Deputados e precisa ser apreciada e votada, ainda, no Senado, para que possa ser sancionada e entrar em vigor.

Basicamente, os pontos em que se sustenta a emenda à Lei Pelé, para se criar e fortalecer um marco de governança corporativa para as entidades de administração do esporte que receberem recursos públicos são os seguintes:

Profissionalização – Obrigatoriedade de remuneração de dirigentes que atuem efetivamente na gestão executiva das entidades.

Alternância – Para entidades que recebam verbas públicas, limitação de apenas uma reeleição em mandatos de quatro anos.

Participação – Garantia de representação da categoria de atletas no âmbito de órgãos e conselhos técnicos.

Contas – Transparência na gestão, inclusive quanto a dados financeiros, contratos, patrocínios e outros aspectos.

E o futebol?

A CBF não recebe dinheiro público. Nunca quis. Para nunca prestar contas a ninguém. Nem aos órgãos de fiscalização. Nem ao povo. Nem ao próprio futebol brasileiro, no que diz respeito ao desenvolvimento da modalidade segundo conceitos modernos de gestão esportiva, como se vê em federações lá fora.

A CBF está de costas para todo mundo. Lá em Miami. E dando de ombros para tudo isso que acontece por aqui.

Mas, não importa. Quanto mais se adia o pagamento dessa dívida social, maior vai ficar a conta, cobrada por todos os Atletas pelo Brasil e, nós, que abaixo assinamos.

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