Clássico for export

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O Gre-Nal deste domingo será disputado no Uruguai, em Rivera.

Pela primeira vez em sua história, o clássico será, oficialmente, disputado em outro país.

Não se trata apenas de vontade dos dois clubes em promover o futebol do estado em outras bandas, mas também – e principalmente – da Federação Gaúcha de Futebol.

A entidade chancela a realização do jogo oficial, na esteira da valorização da competição nos últimos sete anos.

Tal qual em outros estaduais do Brasil, a FGF administrava uma competição altamente deficitária, que se tornava mais atraente para os clubes do interior, que necessitavam de calendário e, com muita sorte, chegar longe, revelando alguns jogadores para obter mais dinheiro e projetar o ano seguinte.

A FGF reorganizou sua estrutura administrativa, instituiu departamento de marketing profissional, aperfeiçoou calendário de competições e qualificou a relação com patrocinadores e mídia.

Agora, como consequência, vê sua competição cruzar a fronteira nacional, retroalimentando o ciclo virtuoso estabelecido.

Em 2011, a FGF se orgulha de ser o primeiro naming rights de um campeonato estadual no país – Gauchão Coca-Cola 2011.

A projeção de receita, para 2012, é de R$ 20 milhões de reais.

Como comparação, o Campeonato Paranaense foi comercializado por pouco mais de R$ 4 milhões.

E o Gre-Nal de hoje já movimenta a economia da pequena Rivera.

São esperados 30 mil torcedores, cujo gasto médio estimado é de 500 dólares no fim de semana, que lotam hotéis, restaurantes e campings, além de comprar muito nos free-shops com preços atraentes.

Parte do crédito se deve também ao perfil do presidente da FGF, Francisco Noveletto, que também acumula o cargo de presidente do São José EC, de Porto Alegre.

Porém, a principal característica de Noveletto é a veia empreendedora aplicada na rede de lojas de varejo Multisom que, seguramente, faz parte do seu dia-a-dia na gestão da FGF.

Atraiu grandes patrocinadores, como bancos, empresas de telefonia, da saúde, do varejo e do setor de alimentos e bebidas.

O trabalho ecoa na CBF e na Conmebol. Além do trâmite político construído nestes anos, goza de prestígio junto a Ricardo Teixeira e Nicolas Leoz – que o tem como possível sucessor.

Somando esposa e filhas, tem sete mulheres, que diz mandarem na sua vida.

Também diz que na FGF mandam os clubes, e na sua empresa, os clientes.

E costuma dizer que é mero facilitador das coisas.

Com uma visão simplista, porém com trabalho eficaz, dá um bom exemplo de como valorizar um campeonato estadual.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br  

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