Começou o Campeonato Brasileiro: o maior do mundo

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Certamente muitos discordaram do título deste artigo e vão dizer sobre as ligas da Inglaterra, e da Alemanha, sobretudo. Sem dúvida que o futebol de clubes do Brasil está longe de ter a estrutura (dentro e fora de campo), o profissionalismo, a governança e a cultura de mercado que outros lugares possuem. Fatores que permitem grandes investimentos, em favorecimento do esporte. Como consequência, um dos produtos finais, o jogo, acaba por tornar-se um “espetáculo”.

Abre parênteses: em uma análise mais densa, é possível considerar até que ponto a política (o tráfico de influência, o nepotismo, a impunidade) do país chega a influenciar más práticas de gestão do esporte, especificamente o futebol. Fecha parênteses.

Volta-se ao título do artigo: a começar pela Série A, são todos clubes grandes. Alguns possuem projeção mais nacional, mas em geral todos são. Os jogos são na maior parte competitivos e capazes de atrair grande público, preencher a capacidade máxima dos estádios. O porquê ou não de ocupar essa capacidade máxima é outra história e tema para outro texto. Os jogos destes grandes clubes sugerem vários clássicos. Para ser campeão brasileiro, é preciso vencê-los, praticamente um seguido do outro. O resultado de um clássico é imprevisível, o que chama ainda mais a atenção do torcedor e da mídia.

Já são quinze anos de Campeonato Brasileiro disputado no formato de pontos corridos. Premia-se a regularidade e a constância de uma equipe na competição, fundamentais para um trabalho a longo prazo no esporte, com sustentabilidade. Sem contratações curtas, desesperadas e caras – que comprometem as finanças da instituição -, a fim de salvar do rebaixamento ou conseguir na última rodada a classificação para a fase de “mata-mata”.

Cruzeiro Esporte Clube, vencedor do Campeonato Brasileiro da Série A quando disputado por pontos corridos pela primeira vez, em 2003. | Foto: cruzeiro.com.br

 

Por muitos anos o mercado brasileiro foi fechado para o mundo. Há pouco mais de duas décadas isso começou a mudar. Aos poucos o esporte do Brasil está mais voltado para o mercado e a internacionalização é necessária. O Real não é tão forte quanto a Libra, o Euro e o Dólar. Ademais, a América do Sul é a região mais isolada do planeta.

Por outro lado, o Brasil possui: um grande e forte mercado consumidor e publicitário, respectivamente. Uma população com considerável poder de consumo. Torcedores, que gostam, consomem o futebol e querem isso muito mais. É possível ser bem maior do que já é. Entretanto, é uma conjuntura que vai proporcionar as condições necessárias para que isso aconteça.

Diante disso, esta conjuntura será construída a partir de um discurso unificado sobre o futuro do futebol de clubes do Brasil. Qual o ponto-de-situação e onde se quer chegar. Mudanças de ordem de governança, transparência e cultura de mercado, sempre com respeito ao torcedor e ao atleta. Com o tempo, adquire-se credibilidade da opinião pública (imprensa, torcida e setores não ligados ao futebol) e, consequentemente, haverá o retorno financeiro. No texto, aqui, parece muito fácil. Mas não é! No entanto, basta trabalho e vontade. Muita vontade em fazer e mudar.

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso