Como nasce um esporte olímpico

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Em uma semana o mundo celebarará o início dos Jogos Olímpicos de Londres, que trará ao mundo disputas nas mais diversas modalidades.

Em uma análise rápida do programa percebe-se a ausência de vários esportes. Assim, surge a dúvida: o que é necessário para se tornar um esporte olímpico?

Quem decide se um esporte entra ou não em um programa olímpico é o COI.

Em regra, o requisito para se tornar um esporte olímpico é de que seja praticado por homens em, no mínimo, 75 países e quatro continentes e, no caso das mulheres, se é praticado, no mínimo, em 40 países e em três continentes.

Entretanto, enquadrar-se nesta regra geral não é o suficiente para que o esporte seja incluído no programa dos Jogos Olímpicos, uma vez que o COI, para evitar um número gigantesco de esportes e, consequentemente, de atletas, inviabilizando assim a organização dos Jogos, definiu que um esporte somete será incluido com a saída de outro. Essa decisão é tomada pelo COI, que analisa cada modalidade.

Em 2004, o COI criou uma comissão do Programa Olímpico encarregada de analisar o programa olímpico e todos os esportes não-olímpicos reconhecidos.

A função é de estabelecer um abordagem sistemática à criação do programa olímpico para cada celebração dos Jogos. Neste esteio, formulou-se sete critérios para julgar se um esporte deve ser incluído no programa olímpico.

Tais critérios são a história e a tradição do esporte, a universalidade, a popularidade do esporte, a imagem, a saúde dos atletas, o desenvolvimento da Federação Internacional que rege o esporte e os custos de exploração do esporte.

Nenhum esporte pode ser incluído no programa no ano de realização dos Jogos. O esporte deve ser admitido no programa com sete anos de antecedência.

Destarte, na 114ª Sessão do COI, em 2002, o programa dos Jogos Olímpicos limitou a um máximo de 28 esportes, 301 eventos e 10.500 atletas.

Em 2005, na 117ª Sessão do COI, a primeira grande revisão do programa foi realizada e excluiu-se o beisebol e o softbol do programa oficial dos Jogos de Londres 2012. Como não houve acordo para a inclusão de dois outros esportes, o programa de 2012 contará com apenas 26 esportes.

Os Jogos de 2016 e 2020 voltarão a ter o máximo de 28 esportes, com a adição do rugby sevens e do golfe.

Mesmo não estando no programa olímpico, um esporte pode ser “reconhecido” pelo Movimento Olímpico. É algo como uma ante-sala à sua inclusão no programa. Para que isso ocorra, a Federação Internacional do esporte deve existir há, no mínimo, dois anos, além de provar para o Movimento Olímpico os requisitos e que o esporte possua estatuto e um caráter olímpico. Assim, o programa para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro já está encerrado.

Há quem diga que é possível incluir uma modalidade de um dos esportes do programa, como, por exemplo, o beach soccer como modalidade do esporte futebol. No entanto, esta polêmica argumetação será objeto de outra coluna.

Sorte aos atletas brasileiros no Jogos Olímpicos de Londres. Estarei lá no dia 27!

Para interagir com o autor: gustavo@universidadedofutebol.com.br
 

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