“Copona”

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Não há dúvidas de que a Copa São Paulo de Futebol Júnior é o mais importante torneio de categorias de base do futebol nacional. Neste ano de 2019 tivemos a edição número cinquenta. Ao longo destas cinco décadas, tradições foram construídas, além de tabus, lendas e ídolos. É bastante história. Muita bola rolou. Muita água caiu, afinal é no mês de janeiro, que costuma ser chuvoso no território bandeirante.

Carinhosamente chamam o certame de “Copinha”. Não pelo tamanho, mas pela faixa-etária dos futebolistas. A “Copinha” é grandiosa, não apenas quantitativa ou qualitativamente, mas pelos atletas revelados e pelos gestos observados, cada vez mais raros: quem não se lembra da generosidade do Vasco da Gama com a delegação do Carajás; do Palmeiras que pagou a passagem de volta, de avião, para os acreanos do Galvez. Do São Paulo, vice-campeão em 2018 a aplaudir os campeões do Flamengo durante a cerimônia de premiação.

Faz-me esquecer José Maria Marín a embolsar a medalha de campeão na edição de 2012.

São Paulo Futebol Clube, campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em sua edição de número 50. (Foto: Eduardo Carmim/Photo Premium)

 

A “Copinha” é uma “Copona”. Reúne o Brasil, suas diversidades, causas, lutas e sonhos atrás de um esférico que, como a vida, é imprevisível. Dizem que o futebol é a síntese da vida, que está bem no começo para estes garotos que, tão cedo, aprendem a lidar com a montanha-russa que é a vida boleira. Faz a “Copinha” ser ainda mais “Copona”. E, como todo bom torneio, precisa ser bem comunicado por agregar todos estes pormenores, além de ser autêntica. Genuína. Sincera.

Por isso que gostamos da “Copinha”! E o trabalho de comunicação em torno dela, a tratá-la pelo nome popular e carinhoso a ela dado, faz o torneio ser ainda mais querido. A coletiva antes do jogo final, com os capitães, no estádio da decisão, cria expectativas, gera incertezas e ansiedade. O janeiro da pauliceia, assim como o futebol e a vida, é uma montanha-russa: o tempo vira, a calmaria pode virar tempestade; depois da tempestade pode vir a bonança. O clima influencia o jogo, esfria ou esquenta: vide o que aconteceu na final, com a tempestade no segundo tempo.

Com tudo isso, em tempos que somos influenciados por muitos campeonatos estrangeiros, a “Copinha” é um alento de que temos um excelente produto a ser trabalhado, quer seja dentro de campo, para o futuro. Quer seja fora, por tudo o que significa, carrega e agrega para o futebol do Brasil. 

Em tempo: os parabéns para os organizadores da “Copa RS” organizada em dezembro, que, ao lado da “Copinha” de janeiro, proporcionam um calendário bacana para o futebol de base do Brasil: em dezembro o torneio gaúcho; em janeiro o paulista.

Em tempo II: este é o meu texto de número 80. Obrigado a todos que passam ou passaram por aqui. Muito obrigado!

 

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