Fair Play: devemos seguir o exemplo europeu

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Em Setembro de 2009, o Comité Executivo da Uefa aprovou medidas de "fair play" (jogo limpo) financeiro para, segundo a entidade, o bem-estar do futebol.

O “fair play” financeiro da Uefa tem por objetivo introduzir mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes de futebol; diminuir a pressão sobre salários e verbas de transferências e limitar o efeito inflacionário; encorajar os clubes a competir apenas com valores das suas receitas; encorajar investimentos a longo prazo no futebol juvenil e em infra-estruturas; proteger a viabilidade a longo prazo do futebol europeu e assegurar que os clubes resolvem os seus problemas financeiros a tempo e horas.

Sabe-se que muitos clubes têm operado com prejuízo financeiro o que os leva a problemas de liquidez, levando, por exemplo, ao atraso no pagamento a outros clubes, empregados e autoridades sociais e dos impostos.

Dessa forma, a Uefa tem utilizado medidas para que os clubes sejam obrigados a, durante um determinado período de tempo, equilibrarem as suas contas. Assim, os clubes não podem repetidamente gastar mais do que as receitas que geram e estão obrigados a respeitar todos os compromissos relacionados com pagamentos de transferências e de empregados.

Três anos depois, em junho de 2012, o Comitê Executivo da Uefa aprovou a criação do Órgão de Controle Financeiro de Clubes (CFCB) para monitorar os orçamentos dos clubes e impor medidas disciplinares no caso de endividamento e atrasos nos pagamentos podendo, inclusive, excluir clubes das competições.

Aqui no Brasil, o Bom Senso FC tem trazido o “fair play” financeiro ao debate . A intenção do movimento é que, conforme o modelo europeu, seja criada uma entidade para controle e implementação de alguns pontos, a saber:

– Os clubes não poderiam exceder o déficit em 10% nos dois primeiros anos. No terceiro e no quarto, 5%. A partir do quinto, não poderia haver déficit.

– O custo do futebol não poderia ser superior a 70% da renda total do clube.

– Haveria incentivo para os clubes equilibrarem suas fontes de receita.

– Garantias aos cumprimentos de contrato de trabalho com funcionários do clube, sob pena de não poderem contratar atletas e outros funcionários.

– Responsabilização dos dirigentes durante seu período de gestão.

– Padronização das demonstrações financeiras dos clubes.

– Reavaliação de endividamento realizada por auditoria independente.

– Criação de cursos de profissionalização.

Segundo a proposta do Bom Senso FC, somente os clubes com faturamento superior a R$ 5 milhões entrariam em todas regras do “fair play financeiro”.

De fato, o endividamento dos clubes brasileiros é um grande problema e que merece ser objeto de medidas efetivas, sob pena de se tornar ainda mais insustentável.

O futebol europeu iniciou esse processo em 2009 e 5 anos depois o futebol de seus clubes permanece pujante, portanto, não o que temer, o momento é de ação.

Que venha o “fair play” financeiros para os clubes brasileiros.

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