O Financial Fair Play da Uefa

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Caros amigos da Universidade do Futebol,

o mundo do futebol continua a lutar contra os gastos excessivos dos clubes de futebol profissional, e a favor do chamado “financial fair play”.

Esta semana, o Presidente da Uefa e ex-jogador Michel Platini anunciou que uma série de medidas deverão ser tomadas para evitar que clubes gastem excessivamente, principalmente na contratação e pagamento de folhas salariais de jogadores.

Segundo notícia veiculada pela própria Uefa, a decisão está respaldada pelo Comitê Estratégico do Futebol Europeu, que envolve representantes das Ligas (EPFL), clubes (ECA), federações (Uefa) e jogadores (FIFPro).

A questão na Europa é bastante polêmica e pode ser comparada à nossa situação no Brasil. Temos, é claro, que considerar que a Europa vive um estágio de desenvolvimento de seu bloco econômico totalmente diferente do que vivemos na América do Sul. Lá, os países são muito mais próximos uns dos outros, com moeda única, órgãos públicos comuns, etc.

Por essa razão, a diferença entre situações jurídicas dos clubes nos seus diversos países impacta diretamente na questão do “financial fair play”. Exemplo disso é que, na Inglaterra, os investimentos estrangeiros são totalmente liberados nos clubes, ao passo que, em outros países, como na Alemanha e França, existe uma grande restrição ao investimento no futebol profissional.

Desta forma, os clubes ingleses são muitas vezes taxados de estar sob efeito de “doping financeiro” por outros países. Afinal de contas, não é à toa que clubes ingleses estão sempre chegando às semifinais da Champions League, possuem os principais jogadores e têm o maior valor na venda dos seus direitos televisivos (via Premier League).

Uma decisão que vise harmonizar a situação nos diversos países da Europa pode ser uma pista para que a CBF consiga resolver o problema no Brasil. É claro que os clubes devem sempre visar ganhar competições, e montar os melhores elencos possíveis. Mas isso não pode e não deve ser obtido a qualquer custo.

Quem sabe não seria a hora de implementarmos um sistema de licenciamento de clubes no Brasil, adaptado evidentemente à nossa realidade, para que, gradativamente, os clubes possam ser ajudados a sair do buraco.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

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