O mito da pausa para a Copa América

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Com a Copa América rolando tem muito treinador de time brasileiro aliviado. Mas tem outros preocupados. Os que são bons de treino falam com convicção que essa pausa será importante para treinar suas equipes nos aspectos técnicos, táticos, físicos e emocionais – tudo isso é treinado junto, ao mesmo tempo. Se treina o todo do jogo de futebol para que em campo a equipe como um todo melhore – vale hoje em dia a máxima de que o todo é maior que a soma das partes.
Exemplificando: uma equipe fisicamente bem não é a que corre mais e sim a que tem as valências físicas necessárias para o modelo de jogo pretendido. Ou alguém questiona que uma equipe que tem 75 por cento da posse de bola em todo jogo, que está sempre agrupada e no campo adversário precisa de um preparo diferente de uma equipe que joga toda atrás e tem como principal arma ofensiva o contra-ataque, com grandes sprints de velocidade? Então para treinar essa parte física nada melhor do que treinar o jogo pretendido.
Pois bem, há no Brasil técnicos muito bons que conseguem através de treinamentos integrados, sistêmicos e transdisciplinares fazer com que suas equipes melhorem. Por outro lado, vamos agora falar dos treinadores que estão preocupados. Esses são aqueles que dão graças a Deus que tem jogo toda quarta-feira e todo domingo. Dessa forma, não há porque se preocupar em elaborar atividades que façam os jogadores compreenderem os princípios de jogo pretendidos, melhorarem suas capacidades cognitivas e de tomadas de decisão para cumprirem melhor a lógica do jogo na resolução dos problemas que se apresentam em uma partida. Se não tem tempo para treinar, fazer o que? Pensam eles…
Está no cerne da figura do treinador competente reunir habilidades metodológicas e pedagógicas de treino. Acabou faz tempo a figura do “bom treinador é aquele que não atrapalha”. E acredite em mim: jogador gosta de técnico que o faça crescer e se desenvolver.
Acompanharei atentamente as primeiras rodadas do futebol brasileiro logo após a Copa América. E não precisa de muito para ver se uma equipe está ou não está bem treinada. Os bons técnicos deixarão o campo falar. Os maus vão usar os mesmos microfones que antes serviam para lamuriar os poucos dias entre um jogo e outro para talvez agora reclamarem que falta ritmo de jogo ou que os atletas engordaram (!) nessa mini-férias. Estamos de olho nos jogos e nas entrevistas!
 

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