O poder do microfone

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Uma das máximas que consagrou a imprensa mundialmente é aquela referente ao poder que o microfone exerce na vida das pessoas. Uma frase mal-colocada a um microfone pode, certamente, arruinar o autor da entrevista.
 
No futebol, a emoção que contagia uma partida acaba sendo um prato cheio para que o microfone passe a ter ainda mais poder na vida do esporte. Declarações repletas de emoção acabam sendo interpretadas de forma errônea ou, mais recentemente, servem de prova para julgar e condenar um atleta que fere o comportamento desportivo.
 
Na última quinta-feira, porém, o técnico Vanderlei Luxemburgo, do Santos, levou ao pé da letra o conceito do poder do microfone. Na entrevista coletiva para a imprensa após a suada vitória sobre o Caracas, assegurando vaga nas quartas-de-final da Copa Libertadores, Luxemburgo usou o microfone para protestar.
 
Após ser questionado sobre o jogo por um repórter da ESPN Brasil, Luxemburgo usou o momento que tinha para falar para abrir a boca contra um comentarista da emissora. Sem citar nomes, simplesmente aproveitou a presença de um repórter da ESPN para reclamar publicamente de críticas que lhe são feitas durante programas do canal.
 
A resposta ao repórter não foi feita. O protesto, também, soou como oportunismo barato do comandante santista, sem certamente surtir o efeito esperado. Afinal, as críticas não vão cessar, muito menos após uma reclamação pública contra elas.
 
O microfone tem poder, sem dúvida alguma. Mas esse poder só consegue ser efetivo quando usado com inteligência. Luxemburgo não soube ter calma para se comportar como o devido na entrevista coletiva. Seria mais simples se o comandante santista tivesse deixado para conversar com o repórter após a entrevista, tentando encontrar uma solução para o impasse. Uma resposta em público só serve para fomentar a antipatia.
 
O preço da vitória
 
Santos campeão paulista e classificado para as quartas-de-final da Libertadores. Grêmio campeão gaúcho e também com vaga nas quartas do torneio continental. Atlético-MG campeão mineiro e eliminado polemicamente na Copa do Brasil.
 

Das previsões catastróficas feitas neste espaço na última semana, só mesmo a do Flamengo, que era quase caçapa cantada, se concretizou. Mostra de que o treinador é que sabe mesmo quais são os limites de sua equipe e qual jogador pode render mais ou menos. O jornalista pode até ter uma boa visão de fora de campo. Mas, dentro dele, quem sabe de todos os detalhes, sem qualquer dúvida, é o treinador.
 

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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