Pesquisa e desenvolvimento

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A interface entre a inovação e a proposição de novos produtos para o mercado envolve uma linha que vai da pesquisa (ao público consumidor, aos potenciais consumidores, às análises laboratoriais etc.), passando pelos testes de campo, in loco, até chegar ao varejo.

No esporte, o mais emblemático dos casos é proveniente da Fórmula 1, em que as grandes montadoras e demais empresas fabricantes de peças e acessórios automobilísticos, implementam, criam e propõem novos produtos, que são testados nas principais pistas do mundo pelos pilotos das escuderias. Freio ABS, aerodinâmica, itens de segurança e outros foram testados e aprovados nas pistas até chegarem aos carros de passeio que consumimos.

A Gatorade surgiu na década de 1960 a partir do futebol americano, de uma necessidade de reposição hídrica em virtude do forte calor registrado ao longo da temporada e que fazia com que a equipe do técnico Ray Graves, da Universidade da Flórida, procurasse soluções de especialistas, culminando anos mais tarde com o lançamento da famosa bebida energética.

Quanto ao futebol, o Philips Stadion, em Eindhoven, do PSV, em uma parceria entre clube e empresa que completará 100 anos em 2013, utiliza as lâmpadas de melhor qualidade da companhia, como mote para ser considerado o estádio mais bem iluminado do mundo. Naturalmente que os principais lançamentos e produtos relacionados à marca são lá colocados em primeira mão, servindo como importante estratégia de marketing.

Bolas, chuteiras, camisetas que ajudam na transpiração dos atletas, entre outros artigos são comumente testados no futebol para posteriormente serem ofertados ao mercado consumidor, trabalhando, assim, a ponte entre aquilo que os ídolos do esporte utilizam para os desejos das pessoas em realizar uma prática esportiva com mais conforto e qualidade.

A pergunta que fica é: os clubes de futebol no Brasil estão preparados culturalmente para receber investimentos de grandes empresas que visam o lançamento e aprimoramento de produtos para o mercado?

Não seria essa uma boa oportunidade de diversificar receitas, utilizando todo o potencial de consumo existente na indústria do futebol nacional?

A impressão que se tem é que as ferramentas utilizadas neste sentido no Brasil operam em escala pontual, ou seja, quando marcas patrocinam atletas e, contratualmente, se colocam à disposição para testes e lançamento de produtos.

O fato é que as variáveis podem transcender o campo de jogo, passando pelo controle e logística em eventos, com a utilização de softwares e monitoramento do público – com posterior impacto para empresas de segurança, por exemplo; pela limpeza e conservação de estádios – servindo como cartão de visitas para a comercialização de serviços do gênero para espaços públicos, eventos ao ar livre e ambientes comerciais; entre outros.

Assim, deve passar por uma questão estratégica da instituição com a finalidade de obter novas e diversificadas parcerias (e receitas), além daquelas comumente utilizadas.

Parcerias entre clubes e empresas dentro deste escopo podem ser capazes, portanto, de gerar dividendos importantes, tanto naquilo que se refere a exposição de marcas, pelo interesse corporativo, como para o alcance de mais valias econômicas a partir da inovação, tendo o esporte como o ponto de apoio para tais iniciativas.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

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