Querido, estadual

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Outrora muito mais importantes do que são, ao longo dos anos os campeonatos estaduais têm perdido atratividade para os clubes com torcida mais numerosa em seus estados, sobretudo entre aqueles que fazem parte das séries A e B do campeonato brasileiro. A coluna não diz que perderam o charme, mas já não são tão importantes assim.
No Brasil os estaduais têm relevância haja vista que, historicamente, a modalidade teve início em um processo regional que aos poucos federalizou-se com o avanço da tecnologia de transportes e comunicações. Por isso, muitos destes campeonatos possuem mais de um século de história.
Ao passo que aumentaram os interesses comerciais, o profissionalismo e a indústria do esporte inserida na do entretenimento, a diferença na formação de planteis competitivos entre os clubes com torcida numerosa e os sem, aumentou drasticamente. Assim sendo, os estaduais foram perdendo interesse enquanto que as competições nacionais, aumentaram. Os clássicos passaram a ter um alcance muito maior ao envolverem mais pessoas e centros regionais: capitais contra capitais, estados contra estados, uma causa contra alguma outra, talvez.

S. E. Palmeiras campeão paulista de 1993 com o troféu “Palácio dos Bandeirantes”. (Foto: Reprodução/Divulgação)

 
Desta maneira os estaduais não conseguiam dar em retorno o que os nacionais passavam a conceder, ainda mais garantir vaga para competições internacionais, o que todos querem, uma vez que o retorno financeiro é maior e a projeção, mundial.
O próprio slogan da Libertadores sugere: “A Glória Eterna”.
É compreensível, portanto, o esvaziamento e fuga de alguns clubes diante das competições de cada estado. Athletico Paranaense e Flamengo, por exemplo. Sem se falar na disputa dos bastidores do rubro-negro carioca com emissora de TV pelos direitos de transmissão, imbróglio que afasta cada vez mais o interesse do público pelos estaduais que, a coluna repete: possuem seu “charme”.
Ajuda, mas este “charme” não paga as contas.

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Em tempo, mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

O futebol é como o mundo deveria ser: simples, com garantias de liberdade, igualdade e espaço para o talento individual”.
Mario Vargas Llosa,
escritor peruano

 

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