A resposta tática e mental do Corinthians

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O Corinthians venceu o Palmeiras no último sábado em todos os aspectos: técnico, tático, físico e emocional – tenho certeza que neste momento aquele palmeirense mais fanático deve ter falado para eu incluir a arbitragem aqui. Ok, entendo a paixão do torcedor, mas discordo quanto a reduzir um jogo de futebol, com toda a sua complexidade, a qualquer decisão do árbitro. Por mais que eu reconheça que Raphael Klauss pecou ao demorar segundos, que no futebol são uma eternidade, para marcar a primeira penalidade, mas que no frigir dos ovos ele acertou na marcação e acertou também ao expulsar o goleiro Jaílson.
Diante da superioridade corintiana do começo ao fim em todas as vertentes, eu quero destacar duas: a tática e mental.
O técnico Fábio Carille foi ousado e sagaz. Ninguém imaginava a ocupação de espaço no 1-4-2-4-0. Faço questão de colocar o zero em uma imaginável última linha porque raramente havia um jogador sozinho no setor. Atacando, o Corinthians deixava os zagueiros do Palmeiras sem ter a quem marcar e defendendo também ninguém pressionava os defensores palmeirenses. Todos os movimentos eram coordenados coletivamente. Róger Machado demorou para entender essa novidade e não conseguiu responder eficazmente a essa situação. Não houve mudança de comportamento de ação do Palmeiras para tentar neutralizar a novidade que o Timão trazia. O domínio numérico no meio-de-campo por parte dos corintianos com certeza seria traduzido no placar. Como foi.
E no aspecto mental, mais uma vez, esse Corinthians de Carille respondeu positivamente. Toda vez que o ambiente pressiona esse grupo, eles reagem com grandeza e bravura. Foi assim no primeiro semestre do ano passado quando era apontado como a quarta força do estado. Mesma coisa no segundo turno do Brasileirão, quando o próprio Palmeiras ameaçava a até então incontestável liderança. E agora com o time tendo começado o ano cambaleante, sentindo demais as ausências de Jô e Guilherme Arana.  O futebol não é jogado apenas no campo de grama. Ele também é praticado no campo mental. Observe o comportamento dos jogadores sem a bola, o olhar deles quando o jogo está parado, a intensidade de cada bola dividida e outras atitudes que talvez não apareçam nos melhores momentos da partida. São nesses comportamentos que se vê quem está mais concentrado e mais forte emocionalmente.
A justiça foi feita no placar. Qualquer coisa diferente do que foi neste Corinthians x Palmeiras seria mais um daqueles acasos tão frequentes no futebol.

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