Treinador ganha jogo?

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Embora a figura do treinador no futebol brasileiro seja muito comentada, pouco se discute, com argumentos mais consistentes, o seu real papel no desempenho de um time de futebol.

 

A dúvida, se treinador ganha jogo ou não, está na boca de todo torcedor ou jornalista esportivo, mas mereceria maiores aprofundamentos.

 

Convivo com estes profissionais há mais de 30 anos e posso garantir que os estilos são tão diferentes que fica difícil definir qual seria o perfil ideal. Muitas vezes as características regionais ou a identidade futebolística de um determinado clube favorece este ou aquele tipo de personalidade, inerente a cada treinador. Isto explicaria por que alguns treinadores se dão melhor em alguns lugares do que em outros.

 

Émerson Leão, treinador polêmico, odiado por alguns e reverenciado por outros, afirmou o seguinte: “nos treinamentos, o técnico é empregado dos jogadores, mas nos jogos, os jogadores devem ser meus empregados”.

 

Tal afirmativa evidencia um pouco sua característica de liderança que parece não admitir muitos questionamentos àquilo que está em sua cabeça, pelo menos durante os jogos.

 

Já Carlos Alberto Parreira, treinador da seleção brasileira, teria dificuldade em conduzir os craques que hoje compõem nossa equipe nacional se agisse da mesma forma que Leão. Para lidar com gênios da bola, é preciso dar espaços consideráveis ao talento, para que possam exercer sua criatividade, imaginação e capacidade de improvisação, ingredientes fundamentais para o bom espetáculo e a busca das vitórias.

 

Luiz Felipe Scolari é outro profissional polêmico. Depois de um período de sucesso, utilizando-se de uma postura tendendo ao autoritarismo com seus jogadores, teve, ao longo dos anos, inteligência e sabedoria para se adaptar às responsabilidades crescentes advindas de seu próprio crescimento.Soube modernizar-se procurando um equilíbrio entre aquilo que o jogador de futebol deve seguir à risca e o grau de liberdade que precisam ter para serem mais estéticos e produtivos.

 

Mas afinal, treinador ganha jogo? No esporte coletivo costuma-se utilizar a frase “uma corrente é tão fraca quanto seu elo mais fraco”. O treinador de futebol é parte integrante e decisiva desta corrente em uma equipe e, portanto, também decisivo para os resultados. Neste contexto coletivo, o treinador é fundamental não só nas vitórias quanto nas derrotas. 

Para interagir com o autor: medina@universidadedofutebol.com.br

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