Ronaldinho Gaúcho e seu personal trainer

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Dias desses lendo as páginas esportivas dos jornais deparei com uma notícia interessante. O nosso craque Ronaldinho Gaúcho, jogador do Barcelona, possui um personal trainer que cuida dos detalhes de sua preparação como atleta.

 

A medida embora não seja pioneira, pode representar um marco em se tratando daquele que acaba de ser eleito pela segunda vez o melhor jogador de futebol do mundo.

 

Esta tendência de personalizar-se a preparação dos atletas de modalidades esportivas coletivas também não é nova, mas deve ser incentivada pela preocupação implícita de individualização do trabalho que carrega em si.

 

Duas coisas, entretanto, causaram-me preocupação na reportagem sobre o profissional que cuida da saúde e da forma física do atleta.

 

Primeiro, pelo que li na notícia, o Moraci Sant’Anna, competente e cuidadoso preparador da seleção brasileira de futebol, desconhecia a existência do Quim, que é primo e o personal trainer de Ronaldinho Gaúcho.

 

Em um trabalho que se caracteriza pelo detalhamento e sutiliza de suas intervenções, tal desconhecimento não pode ocorrer. Tudo que é feito pelo Ronaldinho, dentro e fora do campo, deveria ser discutido entre os responsáveis por sua preparação, no caso, entre os preparadores físicos do Barcelona, da seleção brasileira e o personal trainer.

 

Como cada um dos profissionais que trabalha com o atleta poderá dosar de forma equilibrada e adequada as atividades se um desconhece o trabalho do outro?

 

A segunda preocupação é em relação ao fato do personal trainer declarar que o Ronaldinho chega a praticar perto de três horas de futevôlei na areia, às vezes, altas horas da noite ou de manhã, bem cedo, para evitar o assédio de curiosos e fãs.

 

Qualquer preparador físico, minimamente competente, sabe a importância do trabalho na areia para melhorar força e velocidade, estes dois componentes fundamentais para a prática do futebol moderno. Mas praticar cerca de três horas desta modalidade em paralelo com a programação de treinamentos e jogos do clube e seleção é, sem sombra de dúvidas, preocupante.

 

Torço para que o personal trainer do Ronaldinho Gaúcho tenha exagerado nas declarações sobre as cargas de trabalho que está aplicando a um dos maiores talentos do futebol da atualidade. Mas se a informação for verdadeira, um dos nossos mais destacados craques corre sérios riscos de não poder mostrar todo o potencial de sua arte durante a próxima Copa do Mundo a ser realizada na Alemanha.

Para interagir com o autor: medina@universidadedofutebol.com.br

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