Valdívia e a fixação monetária

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Demorou, mas aos poucos os clubes brasileiros começam a adotar estratégias de marketing já consagradas no futebol da Europa. Nas primeiras rodadas dos campeonatos estaduais podemos ver alguns clubes engatinhando nesse processo de transformação da paixão do torcedor em lucro.
 
São Paulo e Corinthians, mais experientes no assunto, assistem agora o Palmeiras se juntar a eles numa pequena coisa básica, mas eficiente quando se fala em venda de camisas. A numeração fixa dos atletas. Se hoje já é difícil para o torcedor decorar os jogadores que atuam por seu time, o que dirá saber qual a camisa que ele joga? Então nada melhor do que estabelecer que aquele número é de determinado atleta. Como a 10 do Santos foi e para sempre será de Pelé.
 
Essa estratégia surgiu nos anos 90, na Inglaterra, quando o Manchester United tinha em seu quadro um grande ídolo, o francês Eric Cantona. Envergando a 7 dos Red Devils, Cantona inspirava uma legião de fãs, que gastavam libras e mais libras comprando produtos com a marca do explosivo atacante francês.
 
Em 2006, Corinthians, São Paulo e seus fabricantes de uniforme faturaram com a implementação de uma numeração fixa para os atletas. A camisa 1 de Rogério Ceni, a 5 de Lugano, a 7 de Mineiro e a 10 de Tevez foram as mais vendidas do país. No Sul, o número 9 de Fernandão, do Inter, também teve excelente procura.
 
Na semana passada, a diretoria do Palmeiras anunciou o uso de números fixos para seus jogadores. A 7 é de Edmundo, claro. Mas o que mais chamou a atenção foi o critério para a escolha do camisa 10 palestrino. O número que já foi usado por Ademir Da Guia agora ficará com o chileno Valdívia.
 

O motivo? A diretoria palmeirense quer fazer dele um ídolo da nova geração alviverde. Na loja oficial será possível comprar o uniforme com nome e número do chileno. Tal qual Cantona revolucionou o Manchester no início dos 90, Valdívia tem função semelhante no Palmeiras de 2007. Um pouco atrasado, é claro, mas vai ver que a fixação dos números na camisa ajude a produzir uma revolução monetária nos clubes.

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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