Nelinho x Vanderlei Luxemburgo

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Dias atrás pude acompanhar em um programa de televisão, troca de opiniões entre o ex-lateral direito do Cruzeiro e Seleção Brasileira, Nelinho, atualmente comentarista esportivo, e o competente treinador de futebol Vanderlei Luxemburgo.
 
Nelinho defendia que a influência do treinador no resultado de uma partida é muito menor do que alardeiam hoje parte da imprensa e dos próprios treinadores.
 
Luxemburgo, não querendo demonstrar prepotência, até admitiu que o treinador pode não ganhar jogo, mas é fundamental para que uma equipe ganhe campeonatos ou títulos.
 
 Em outra parte da conversa chegou-se até a quase um consenso de que o treinador tem cerca de 30% de participação no resultado, ficando os outros 70% para os jogadores.
 
Achei muito engraçado e até surpreendente que profissionais tão destacados e inteligentes como Nelinho e Luxemburgo colocassem a questão desta forma tão simplista. Como se fosse possível precisar, matemática ou estatisticamente, situações tão complexas presentes em um jogo ou uma partida de futebol.
 
Numa reflexão mais filosófica sobre o tema, talvez possamos encontrar melhores explicações para este tipo de visão, se entendermos um pouco o papel dos pensamentos mecanicista, cartesiano e positivista na formação de nossa cultura.
 
Tais modelos de pensamento que até o século 20 tiveram, em diferentes proporções, inegável influência no desenvolvimento do conhecimento e das ciências, já não dão conta de compreender e interpretar a realidade de forma mais ampla.
 
É preciso buscar novos referenciais se quisermos continuar desvendando os mistérios que cercam os diferentes seres humanos que vivem em diferentes sociedades.
 
São, sem dúvida, estes novos referenciais que também permitirão uma melhor leitura sobre a complexidade na qual está envolta uma aparentemente simples partida de futebol.   

Para interagir com o autor: medina@universidadedofutebol.com.br

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