A força que supera o planejamento

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O planejamento é sempre uma palavra de ordem quando se pensa em trabalho organizado, científico e que busca vitórias de forma sustentada no esporte. Entretanto, há momentos que em outros fatores falam mais alto. Isto é o que demonstra a recente conquista pela seleção do Iraque da Copa da Ásia, uma competição correspondente à Copa América, ao vencer a Arábia Saudita na final por 1 a 0.
 
O Iraque, ao terminar a competição à frente de seleções como Arábia Saudita, Coréia do Sul, Japão, Irã, China, que sabidamente representam países que na atualidade possuem federações de futebol bem mais estruturadas, sinaliza que nem sempre apenas o planejamento garante o sucesso de uma equipe de futebol.
 
A preparação da seleção do Iraque caracterizou-se pelo improviso, carências e dificuldades de diversas ordens. Enquanto outros países se prepararam utilizando-se dos mais modernos e sofisticados recursos, o Iraque contou com condições bastante precárias de preparação.
 
O próprio treinador, o brasileiro Jorvan Vieira, com apenas dois meses de trabalho, mal conhecia os seus jogadores iraquianos. Mas então devemos concluir como afirmam alguns, que futebol não tem lógica? Ou será que existem outros aspectos que podem ser decisivos para uma conquista, como a conseguida pelo aparentemente fraco e despreparado Iraque?
 
Penso que esta última hipótese seja a mais correta. O que sobrou ao modesto Iraque e talvez tenha faltado às outras seleções consideradas mais qualificadas, foi aquela inabalável força interior capaz de unir solidamente um grupo em torno de uma meta ou finalidade comum. No caso do Iraque, país destroçado por problemas de ordem política, religiosa e econômica esta força quase mágica resgate do orgulho nacional, permitiu até que etnias historicamente divididas como xiitas, sunitas e curdos, se unissem em torno de uma causa comum.
 
Esta é a maravilhosa força da natureza humana. E esta é uma das características mais destacadas do futebol que o torna aparentemente imprevisível e encantador.

Para interagir com o colunista: medina@universidadedofutebol.com.br

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