Melhor do mundo

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Kaká é, definitivamente, o melhor jogador do mundo. Não por causa de suas arrancadas, dribles e gols fantásticos, como o marcado no domingo contra o Peru. Kaká é, na atualidade, o jogador mais completo do futebol. E completo não só pelo que joga dentro de campo, mas também por suas atitudes fora dele.

Na última semana, em meio à enxurrada de perguntas sobre a seleção brasileira, a vida pessoal, o filho do cachorro do vizinho e a violência no futebol italiano, Kaká foi soberano nas respostas, consciente no que falou e, sobretudo, craque na hora de responder à imprensa.

Questionado sobre a violência no Calcio, o meia do Milan foi enfático em relembrar o problema que havia ocorrido em fevereiro, quando um policial foi assassinado. Depois, lembrou do caos que surgiu com as denúncias de manipulação de resultados e defendeu o seu clube, dizendo que não concordava com a punição que o fizera perder o título que já havia sido tirado da Juventus. Por fim, contou a terrível experiência de estar dentro de campo e ver o descontrole dos torcedores da Atalanta, sem nada a fazer a não ser apenas torcer para que nada de pior ocorresse.

E a resposta terminou aí. A indagação continuou, até o momento em que foi incitado a responder se deixaria o clube por causa da violência. Aí Kaká mostrou a mesma classe que desfila em campo. Com firmeza, lembrou de outros jogadores que já deixaram o Calcio e, também, comentou o quanto se sente frustrado com a onda de violência que impera no futebol italiano, dizendo que às vezes não se sente seguro de jogar no país.

Resumo da ópera: Kaká foi firme nas respostas e deu a entender tudo o que você quisesse. O torcedor milanista ficou com o coração feliz em ver o Bambino D’Oro reclamar da punição do CalcioCaos e dizer que só a violência o tiraria do país. Os dirigentes de outros clubes, como Chelsea, Barcelona e Real Madrid, por exemplo, ficaram com o sinal amarelo ligado pensando na possibilidade de contar com um dos atletas mais cobiçados do planeta. E a imprensa teve tempo de sobra para gastar especulando se Kaká estava se oferecendo a outro clube, se ele ficaria no Milan, se ele havia se cansado da Itália, etc.

A elegância de Kaká, a certeza com que ele respondeu a todas as perguntas, mostram um jogador maduro, pronto para encarar qualquer parada. Um jogador que não é apenas um sex symbol, mas um craque dentro de campo e, a cada dia, mostra também ser inteligentíssimo fora dele.

O melhor do mundo dentro de campo ele já é. Agora, fora dele, Kaká tem mostrado que também é digno da premiação. O futebol agradece.

 

Para interagir com esse autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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