Vai dar o que falar

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Kaká e Marta. Muito provavelmente, no fim da tarde desta segunda-feira os dois brasileiros serão eleitos o melhor jogador e a melhor jogadora de futebol do ano de 2007. A escolha é feita por treinadores do mundo inteiro, além dos capitães das seleções mundiais. E deverá resultar nessa óbvia constatação.
 
O Brasil é o maior produtor de talentos do futebol mundial. Só para se ter uma idéia, em 52 prêmios de melhor jogador do mundo concedido pela Fifa (considerando primeiro, segundo e terceiro lugares), 14 ficaram nas mãos de jogadores brasileiros.
 
Só que o momento agora é outro. Kaká e Marta confirmam a supremacia do Brasil em revelar jogadores bons de bola dos pés à cabeça, mostrando um país preparado a viver em outras nações e disciplinado a ponto de jogarem como líderes em suas equipes.
 
E aí é que está o grande problema. Antes, o talento brasileiro geralmente se resumia à genialidade de um Romário, à explosão de um Ronaldo, à precisão incontrolável de Ronaldinho Gaúcho. Agora a coisa é diferente. Kaká chega pela primeira vez entre os três melhores e já deve faturar a taça. E, do jeito que a ligação dele com o Milan se dá, Kaká deverá ter cadeira cativa entre os finalistas do prêmio da Fifa.
 
Zinedine Zidane é o único a ter participado seis vezes da decisão do melhor do mundo. Ficou com a taça em três ocasiões. Começou a figurar entre os melhores em 1998, quando tinha 26 anos. Kaká tem um ano a menos que Zizou. Além disso, ainda não teve o seu grande momento na seleção brasileira. E, para melhorar, não deve migrar de um clube a outro como ocorreu com o cracaço francês.
 
Kaká poderá ser o novo Zidane. E, em razão disso, poderá criar um caso raro no futebol brasileiro. Poderá ser um dos responsáveis pelo fechamento das portas européias aos atletas de nosso país.
 
Sim, porque a supremacia que Kaká deve atingir na Europa poderá fazer com que as cornetas do apocalipse decidam que o Brasil não poderá mais concorrer em pé de igualdade com nenhum outro país no quesito talento para o futebol. Joseph Blatter, presidente da Fifa, já começa a declarar nas entrelinhas que o brasileiro tem começado a dominar o mundo. E quer, desesperada e politicamente, acabar com isso.
 
As escolhas de Kaká e Marta na tarde desta segunda, por incrível que pareça, poderão fazer com que o Brasil comece a sofrer certo boicote no mundo da bola. Ok, para o futebol jogado no Brasil pode ser uma boa não perdermos os talentos tão precocemente. Mas e para o jogador?
 
Não faz sentido ele ser punido pela competência que demonstra. Isso, sem dúvida, ainda vai dar o que falar…

Para interagir com o colunista: erich@universidadedofutebol.com.br

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