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“É como ter um filho. Dá trabalho, você gasta muito dinheiro, mas sente o maior orgulho dele”
Luiz Fernando Bindi
Essa foi, até hoje, a melhor definição que ouvi de alguém que tem um projeto jornalístico sobre aquilo que faz. E ouvi assim, de surpresa, no ar, durante a apresentação de um “Beting & Beting”, no BandSports, mas que naquele dia era um “Beting & Bindi”. 

 

O primeiro “Beting” que fiz ao lado do Luiz Fernando Bindi, um cara que, naqueles 10 minutos antes de entrar no ar e mais na meia hora de bate-papo ao vivo tinha se mostrado uma pessoa nota 10, jornalista por vocação, amigo já na primeira conversa.

Bindi era formado em geografia. E apaixonado por futebol, como provavelmente metade da população brasileira, ou até mundial. Provavelmente só ele saberia dizer em quais rincões do planeta que o futebol não é tão popular como aqui. 

E dessa paixão surgiu, como ele dizia, o seu “filho”. O site www.distintivos.com.br, que tem 25.219 escudos de times de futebol de todo o mundo. Do Etoile Filante, de Burkina Faso, ao Palmeiras, a paixão de 15 milhões de torcedores, entre eles Bindi.

Palmeirense como um Beting, nascido em berço verde e branco, mas que quando cresce e tem de trabalhar, esquece as cores e apruma o microfone, ou o teclado do computador, para assumir a outra paixão: o jornalismo.

Sim, porque o Bindi é um dos mais bem acabados exemplos de que para ser jornalista você não precisa de diploma, mas de vocação. Até o último dia 22, Bindi trabalhava num escritório, na área da geografia. À noite e nos finais de semana, porém, ele assumia a profissão que abraçou por paixão. 

Bindi conseguia se dividir entre os comentários na rádio, textos na revista Trivela, no site do Milton Neves, participações sempre precisas no “Beting & Beting” e até mesmo textos mais acadêmicos aqui para a Cidade do Futebol.

E a impressão que se tinha é de que ele sempre era ótimo. Por dentro. Coerente. Competente. 

Bindi foi daqueles caras que só o jornalismo permite que nós conheçamos. Aquele sujeito que mostra que a sua “loucura” não é tão louca assim. Que existem outros que pensam que só o futebol vale. Que ele representa início, meio e fim de vida.

Na última vez que nos encontramos, celebramos juntos o título paulista do nosso Palmeiras, ainda no Palestra Itália. Já desprovidos da função jornalística, sabíamos que poderíamos ser torcedores. Contamos da emoção que foi ver Marcos ceder seu lugar a Diego Cavallieri no jogo da conquista. Da redenção de Marcos, se é que ele precisava de algo mais do Palmeiras na vida.

Na última quinta-feira, ainda atordoado pela ausência do amigo, fiz questão de ir ao Palestra para lembrar do Bindi. E saber que, onde ele estivesse, vibraria com os 4 a 2 sobre o Santos. Agora mais do lado da arquibancada do que das tribunas de imprensa. Parece que naquele jogo o Palmeiras acordou para o Brasileirão. Pena que o Bindi não estava lá para ver.

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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