Explico melhor:
1. Em termos de custos os dirigentes e comissões técnicas, não partem de um planejamento para avaliar as necessidades, realmente o custo não é alto, mas o que imagino baseia-se nos seguintes questionamentos: para mandar o olheiro para Argentina como no exemplo utilizado por nós no texto anterior, estão os gastos com viagem, alimentação, hospedagem, etc, etc, etc, em contraponto indago se esse custo é maior ou menor do que a utilização de uma tecnologia que permita ao profissional fazer a análise do sangue (do jogo), sem a necessidade dele próprio ir comprar a seringa (ir a Argentina), fazer a coleta e levar para os procedimentos de análise (papel de pão) , fazer a análise e a partir daí intervir (escrever o laudo).
2. Sem dúvida a presença do especialista no local pode passar uma confiança maior em relação às informações e detalhes pertinentes, mas faço minha avaliação com base nas ferramentas que estão no mercado, muito pouco utilizadas e ainda sim sublocadas, não se extraem 10% das possibilidades de informações que existem, ignorando a cientificidade por de trás dessas ferramentas.
Sabemos das capacidades tecnológicas em buscar, armazenar e traçar as informações de forma muito mais rápida que nós seres humanos, lembrando sempre que as máquinas só fazem aquilo que especificamos a elas. O que fundamenta minha visão é: porque não confiar nas informações tecnológicas uma vez que ela apenas vai buscar aquilo que os técnicos e auxiliares podem ter especificados para elas.Assim os custos estariam centrados na capacidade de extração dos dados, o que acontece também nos “papeis de pão”, mas a questão primordial é o tempo destinado a interpretação dos dados, na situação de deslocamento do olheiro até o local, a análise só poderá ser iniciada de fato com a tabulação das informações, em contrapartida tal tempo poderia ser melhor utilizado e distribuído na interpretação dos dados fornecidos por um scout tecnológico.
S
e o profissional puder confiar na capacidade de extração de dados de um scout, na confiabilidade de suas informações, o que vai fazer a diferença é a dedicação e habilidade de interpretação, obtendo elementos que talvez pudéssemos até alcançar numa análise manual (sé é que podemos chamar assim), mas que demandaria um tempo, tal tempo este que pode ser vital para a descoberta de algum outro detalhe ou desenvolvimento de estratégias que façam a diferença.Sabemos que nós temos nosso tempo de encarar um problema/enunciado (dados, informações) e buscar soluções (análise, estratégias, intervenção). Quanto mais rápido compreendermos o enunciado mais tempo teremos para pensar nas soluções.
Essa economia de tempo, reflete diretamente na economia financeira, isso ainda sem compararmos diretamente os custos, ou melhor investimento no scout, seja ele na capacitação do profissional, na formação de uma equipe especializada, ou na integração de recursos a tais profissionais, o que passa por uma questão de importância e prioridade que se dá ao scout no processo chamado futebol. Bom, a discussão como disse, não se encerra por aqui, com muitos profissionais dedicados a estudar e compreender o scout aplicado no futebol, a ciência agradece.Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br