As decisões da Fifa Exco

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Caros amigos da Universidade do Futebol,

No dia 20 de dezembro passado, a Fifa realizou a última reunião deste ano do seu Comitê Executivo (Fifa Exco), em que importantes deliberações foram tomadas. Passamos aqui, brevemente, a comentar as principais decisões tomadas.

A primeira delas foi a de que os biddings para as copas de 2018 e 2022 serão realizados simultaneamente. Vale aqui lembrar que a regra da rotatividade entre confederações foi extinta, e substituída pela inelegibilidade de uma confederação sediar os dois eventos seguintes à realização de uma determinada copa (e.g., nenhum país da Conmebol pode sediar as copas de 2018 e 2022, após a copa de 2014, no Brasil).

A decisão dos países-sede deverá ser proferida em dezembro de 2010.

Outra importante decisão girou em torno da proteção de menores no futebol. O Exco reconheceu que essa é uma obrigação moral de todos os membros da Fifa (Federações Nacionais). Desta forma, importantes alterações foram aprovadas ao Artigo 19 do Regulamento de Transferência de Jogadores, que trata da questão.

Todas as transferências internacionais de menores de 18 anos que forem requisitadas com base nas exceções daquele artigo deverão ser analisadas por um subcomitê da Fifa (como sabemos, em princípio e via de regra, as transferências internacionais de menores são proibidas pela Fifa, salvo alguns casos específicos).

Além disso, o Artigo 19 passa a tratar também das academias privadas (que foi inclusive objeto uma de nossas colunas passadas). Na mesma linha de nosso entendimento aqui exteriorizado, a Fifa confirma sua preocupação com os jovens jogadores registrados nessas academias, e passa agora a obrigá-los a serem também registrados nas federações nacionais.

Essas decisões vêm como resposta às recentes manifestações da Presidência Francesa do Conselho da União Européia, no sentido de estabelecer como prioridade no futebol, inter alia, a proteção de menores.

Como a Fifa se vê impossibilitada de proibir todas as transferências de menores no futebol sem exceções como aparantemente gostaria (por questões de ordem legal), essa é mais uma medida que visa impor um maior rigor na aplicabilidade da regra atualmente existente (que engloba certas exceções à proibição como mencionado acima).

Resta agora saber como será composto esse subcomitê e quais serão as diretrizes para enquadrar os casos futuros no escopo do Artigo 19. Também temos que saber como será feito o registro dos jogadores das academias privadas, pois se trata de um tema bastante controverso.

Enfim, são mais fatos a ser observado no ano de 2009 no âmbito da atuação da Fifa, e futuramente reportado aos nossos leitores.

Aproveito para desejar a todos os nossos leitores um Feliz Ano Novo, repleto de saúde, realizações e sucesso.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso