O futebol feminino

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Nesta semana, caros amigos, vimos mais uma festa da Fifa para a escolha dos melhores jogadores do ano passado. O já tradicional Fifa Gala aproveita a oportunidade para também prestar algumas homenagens e reunir celebridades do futebol internacional.

Pudemos observar, na festa, a discrepância que existe entre os homens e as mulheres no mundo do futebol. Temos que reconhecer que a Fifa tem procurado promover ao máximo o futebol feminino. Mas ainda não chegamos nem perto de uma situação ideal. 

Claramente pudemos observar a preferência com relação aos homens. Após a entrega do prêmio (merecido) à Marta, ouvimos o apresentador dizer “agora chegamos ao momento mais esperado da noite”, ao anunciar o prêmio do melhor jogador masculino. Convenhamos, apesar de sutil, não foi muito respeitoso às mulheres.

De toda forma, essa é apenas uma chamada para o real problema e desafio que temos pela frente, que é promover as mulheres no esporte bretão. 

Não adianta apenas chamarmos atenção da Fifa ou das federações nacionais ou regionais. Nem tampouco das empresas investidoras. Em primeiro lugar, é preciso reconhecer a nossa responsabilidade, da população, dos torcedores, da comunidade em geral. Temos que passar a encarar o futebol feminino com mais respeito. É a partir daí que teremos uma popularidade maior e, consequentemente, maior interesse por parte da mídia e de patrocinadores na categoria.

De outro lado, a mídia pode ajudar no processo. Pode incentivar. Pode transformar o futebol feminino em um esporte mais popular. Principalmente no Brasil em que as condições são favoráveis: temos as melhores jogadores do mundo, e temos uma emissora de televisão que tem grande poder de influência na massa. Devemos prestar atenção para um pagamento de direitos televisivos, ainda que, no início, a título de distribuição solidária de receitas.

Por fim, as federações devem continuar o seu papel de promover campeonatos e ligas nacionais. Nesse contexto, o produto tem que ser bem feito, para ajudar todo o resto. E sabemos que o produto quem faz são as federações (em conjunto, claro, com as emissoras). Cobramos aqui uma maior distribuição solidária de receitas ao esporte feminino (ainda que tais receitas venham de outras categorias). 

A partir dessas frentes atuando simultaneamente, então poderemos cobrar um maior investimento por parte dos investidores e patrocinadores. Poderemos mostrar que o futebol feminino é também um produto interessante a ser apoiado, com retorno tão garantido como em outros esportes.

No nosso país, levantar o futebol feminino seria um benefício a todos nós, e uma justa recompensa às batalhadoras e guerreiras jogadoras do Brasil, que sem praticamente nenhum apoio, conseguem elevar a imagem do nosso Brasil rotineiramente e nos encher e honra e orgulho.

Parabéns a elas; parabéns à Marta; cobrança para todo o resto!

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

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