Caros amigos da Universidade do Fubebol,
Estamos chegando a um momento crucial para o futebol no Brasil. Estamos na reta final para os preparativos da Copa do Mundo da África do Sul, a primeira no continente africano e que antecede o mundial no nosso país.
A grande oportunidade de receber uma Copa do Mundo reside nas heranças que ela pode deixar no país sede. E aqui, nos preocupamos com as heranças que ela pode deixar no nosso futebol local.
Para se aproveitar o “momentum” da Copa, todos aqueles envolvidos na organização do nosso futebol devem adotar uma postura pró-ativa/consciente, para não que não se perca nenhuma chance. Os olhos do futebol no mundo estarão voltados para nós, e temos que tirar o melhor proveito disso.
O futebol precisa ser sustentável. Precisa de solidariedade entre os clubes participantes, precisa tratar os jovens jogadores da melhor e mais adequada forma, precisa explorar ao máximo o seu potencial social, para promover uma maior integração social e cultural.
Quando temos a Copa organizada em nosso país, temos que procurar trazer parceiros interessantes para viabilizar esses propósitos. Temos que aprender com outros clubes, outras federações e ligas, como se pode canalizar a força do futebol para promover uma maior justiça social.
Temos que procurar melhorar nossos estádios, dar mais conforto ao torcedor, mas também não esquecer da classe menos favorecida, que também movimenta o futebol e é apaixonada. Que precisa do futebol para sobreviver no seu duro dia-a-dia com felicidade e dignidade.
Quem observa o futebol como uma oportunidade pontual de lucrar não pode, e não deve prosperar. Porque o futebol precisa de pessoas que além de retirar coisas, tabmém acrescentem.
Nesse prisma, vamos olhar para esse momento da Copa e não permitir que a corrupção, o desvio de verbas, tome lugar. A transparência e o acesso a informação são a chave para o sucesso. Só assim teremos uma herança garantida ao nosso futebol, assegurando a efetiva implementação de sua real função social.
A hora é agora. Quando piscarmos os olhos, a Copa da África já terá passado, e talvez já seja tarde demais. O futebol precisa do Brasil. Mas o brasileiro também precisa do futebol pra viver, assim como o ar que respira.
Vamos cuidar bem do nosso povo e, para tanto, do nosso esporte.
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