Os números da bola

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Caros amigos da Universidade do Futebol,

Gostaria de utilizar o espaço desta semana para destacar o trabalho de Casual Auditores, que já vem se consolidando como uma contribuição rotineira e fundamental nas temporadas desportivas do futebol profissional brasileiro.

A cada semana expressamos aqui o nosso desejo de ver um futebol no Brasil tão profissionalizado e organizado como na Europa. Temos um mercado consumidor com grande potencial e a grande maioria dos talentos do futebol mundal.  Então, o que falta para termos um campeonato local tão valorizado como é o caso de certas ligas européias nacionais, como a inglesa, a alemã, a italiana, a espanhola, a francesa, etc.

Falta força financeira e, certamente, maior governança corporativa, tranparência, acesso à informação, etc.

Nesse cenário, relatórios comparativos, análises financeiras e publicações especializadas são fundamentais não só para alertar a todos sobre a atual realidade dos clubes, mas como, principalmente, para auxiliar os atuais dirigentes a melhor visualizarem um planejamento estratégico adequado.

A Casual Auditores acaba de publicar um documento preliminar de seu costumeiro exame anual extensivo, contendo já importantes números sobre os clubes nacionais, com comparativos entre a atual temporada e temporadas passadas.  Essa já é a quinta edição de tal publicação (a publicação integral está previsata para julho deste ano).

O estudo mostra a manutenção de São Paulo e Inter como os clubes mais poderosos em termos financeiros, com leve redução quando comparada com o ano passado. Mostra também a evolução de Palmeiras e Flamengo. Indica ainda o sucesso de novos clubes, com o caso do Barueri que, apesar de uma pequena redução frente a 2008, já está conquistando seu espaço definitivo entre os grandes clubes do futebol brasileiro.

No âmbito regulatório, essa análise é de igual importância. Não podemos pensar em reformas legislativas ou regulamentares que visem melhorar a condição dos clubes, se não soubermos com precisão quais são os reais problemas, e qual é a real situação das agremiações. 

É com base nesses números, podemos avaliar, por exemplo, se a atual distribuição de recursos obtdidos com a comercialização dos direitos televisivos dos diversos campeonatos em nosso país merece ou não ajustes. Se é preciso haver maior solidariedade com os clubes menores e com clubes preponderantemente formadores, que estão na base da pirâmide.

A viabilidade econômica também é algo que pode ser “gerenciada” por meio da análise aprofundada do estudo. Sabemos que clubes que dependem de transferência de seus jogadores ao exterior (fonte variável de receita) sempre andam “na corda bamba”.  O estudo em comento mostra, por exemplo, o Grêmio, que teve uma redução nas receitas com jogadores, mas que conseguiu solidificar suas finanças por meio de fontes alternativas. Segundo a análise da Casual, o Grêmio “registrou uma melhora significativa nos recursos gerados com bilheteria, sócios e royalties, que atingiram R$ 4,1 milhões, evolução de 450% em comparação com 2007”.

Esperamos que os nossos dirigentes, de fato, utilizem essas informações para o bem de seus clubes, e, indiretamente, para o bem do futebol brasileiro.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

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