“Microsoft lança sistema para disputar mercado com Wii da Nintendo!”.
Calma amigo, você não entrou em site errado, tampouco esse que vos escreve ficou louco (assim imagino).
A manchete que extraí de um portal de noticias de ontem fala sobre videogames que possibilitam o uso de movimentos corporais, sem o uso do tradicional (ou para ser mais preciso, antigo) controle com fios e um botão unicamente.
As tecnologias modernas, hoje, lançam videogames e jogos que permitem o reconhecimento dos movimentos corporais, do rosto dos usuários e até mesmo da voz. Além das inúmeras ações e possibilidades referentes ao jogo, destacando-se ainda diversos games com a temática esportiva.
Aproveito para levantar alguns pontos (e apenas levantar as questões), não pretendo esgotar com poucas palavras, no texto de hoje, coloco-os para emitir alguns pensamentos e dúvidas que tenho acerca do tema, e para instigar o amigo que quiser emitir algum comentário a respeito.
Muitos autores estudam na Educação Física, a utilização das mídias no processo de ensino enquanto recursos e conteúdos do processo. Não conseguiremos falar de todos, mas entre eles, temos os professores Mauro Betti, Alfredo Feres Neto e Giovani de Lorenzi Pires, e me permito algum espaço na discussão sobre o tema, ainda que de forma periférica, em relação a tão experientes e estudiosos professores.
Assim, trago alguns pontos para o futebol, que acredito, podem ser discutidos sob a perspectiva dos integrados aos avanços tecnológicos, e sob um olhar apocalíptico, parafraseando Umberto Eco.
· O jogo de futebol pelo videogame pode ser considerado uma vivência da modalidade?
· Que impacto cultural tem a usabilidade e manuseio do videogame em relação ao conhecimento e compreensão do jogo?
· Os recursos tecnológicos utilizados no desenvolvimento dos games são precursores, acompanham as tendências da tecnologia do esporte, ou nem podem ser comparados?
· Pode o videogame ser um simulador e, como tal, um recurso do processo de ensino dentro de uma perspectiva da complexidade do jogo?
Enfim, são dúvidas que acredito possam ser aprofundadas e melhor repensadas com o debate e a reflexão. E encerro o breve texto de hoje com a motivação que me trouxe a escrever sobre esse tema: a pergunta de um aluno de graduação (que é estagiário de uma escolinha de futebol) sobre como proceder com um garoto que questionava suas opções táticas frente a premissas que defendia baseadas no videogame.
Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br