Corrida contra o relógio

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Caros amigos da Universidade do Futebol,

Estamos em uma verdadeira corrida contra o relógio para a organização da Copa de 2014. Como tivemos a oportunidade de notar, a CBF anunciou na recém-realizada reunião do Comitê Executivo da Fifa, através de seu presidente Ricardo Teixeira, as cidades-sede da Copa.

São elas, em ordem alfabética:

* Belo Horizonte
* Brasília
* Cuiabá
* Curitiba
* Fortaleza
* Manaus
* Natal
* Porto Alegre
* Recife
* Rio De Janeiro
* Salvador
* São Paulo

Acredito que não tivemos grandes surpresas na escolha, principalmente considerando as tradições futebolísticas da maioria dessas cidades. 

Ocorre, entretanto, que temos muito pouco tempo para que essas cidades consigam organizar esse grande evento, tanto com relação a condições individuais (estádios, hotelaria, transportes intra-municipais, etc), como também com relação ao coletivo (estrutura nacional de transporte, por exemplo).

Tudo deverá estar praticamente pronto para 2013, quando da realização da Copa das Confederações. Ou seja, falta muito pouco.

Entendo que os estádios poderão até ficar todos prontos a tempo. Porém, principalmente em termos de capacidade de transporte, acho que já estamos bem atrasados nas obras. Obras de metrô, ampliação de aeroportos, estradas, outros transportes públicos, dificilmente ficarão prontas para 2014, e muito menos para 2013.

É importante que essas obras sejam feitas de forma cautelosa, para que a herança pós-Copa do Mundo seja aproveitada pela população brasileira. Não queremos gastar fortunas com estádios, por exemplo, que não tenham sua utilização pós-Copa bem planejada. 

O Estado, por exemplo, caso participe do financiamento, deverá exigir uma reserva de uso dessas estruturas para permitir que o esporte amador e de formação possa ser beneficiado em um segundo momento. Dessa forma, aqueles que hoje não tem acesso a estruturas de primeira linha dentro da estrutura piramidal do esporte, possam tê-las com o efeito da Copa.

Isso. Projetos sociais também devem ser beneficiados com essa nova estrutura, de forma sustentável e planejada, dentro de um princípio democrático e de solidariedade.

Não queremos também, que a estrutura de segurança pública seja reformulada apenas para garantir a segurança dos turistas e delegações, e que após a Copa tudo volte à mesma situação (ou pior) do que temos hoje.

Para que tudo isso faça sentido, é preciso que todas as obras tenham uma voz de cada grupo, que representem diversos atores do nosso dia-a-dia, como autoridades do esporte, autoridades públicas, clubes, atletas, representantes de determinados setores na sociedade, empresas, entidades que desenvolvem projetos sociais, etc.

Temos que maximizar o boom da Copa para o benefício de todos nós, brasileiros, e, principalmente, da camada mais carente da nossa sociedade. Mas isso somente será possível com obras e projetos que tenham sido bastante discutidos e pensados.

Espero que essa corrida contra o relógio não coloque todo esse planejamento de lado…

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

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