Um exemplo a ser acompanhado

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Caros amigos da Universidade do Futebol,

Hoje tivemos uma notícia na Formula 1 de grande importância para o cenário do esporte mundial, em especial para o futebol.

Em colunas passadas, discutimos neste espaço o que aconteceria na hipótese de determinados clubes romperem com suas federações e ligas. Essa hipótese teve espaço quando foi recentemente veiculado na imprensa um possível rompimento entre ECA (associação dos principais clubes da Europa) e Uefa (confederação européia de futebol).

Apesar de posteriormente desmentido, esse boato despertou enorme curiosidade no mercado, que ponderou o que poderia acontecer nessa hipótese. Como jogadores, mídia, patrocinadores e torcedores reagiriam?

Seria de fato uma queda de braços interessante (porém com conseqüências negativas para todas as partes, não tenho a menor dúvida).

A questão ficou no ar, e a conclusão foi a de que dificilmente isso aconteceria na prática. Nenhuma das partes assumiria esse enorme risco, eventualmente irreversível, de abrir mão do apoio da outra na luta pela sua viabilidade financeira.

Enfim, hoje os agentes do futebol podem aproveitar do atual momento, e refletir sobre essas possíveis conseqüências sem as sofrerem na pele.

A Associação das Equipes de Fórmula 1 (Fota) anunciou ontem um rompimento com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a conseqüente organização de uma competição própria entre suas escuderias. Aparentemente apenas a Williams e a Force Índia permaneceriam na competição da FIA.

Assim, será interessante observar qual vai ser o comportamento dos pilotos, dos patrocinadores e das televisões mundiais (isso na hipótese de essa posição da Fota ser efetivamente mantida).

Entendo que a FIA poderá impor multas relevantes aos “desertores”, incluindo eventualmente a recusa de poderem disputar, no futuro, qualquer prova organizada pela FIA. Se isso de fato ocorrer, teremos uma grande pressão sobre aqueles que estiverem planejando migrar para a competição da Fota. 

Por outro lado, estamos falando de escuderias tradicionalíssimas, como o caso da Ferrari. Estaria a FIA em uma posição de abrir mão para sempre dessa escuderia em prol de um exemplo a ser seguido no futuro por seus membros? 

Guardadas as devidas proporções, seriam as mesmas perguntas que estaríamos fazendo caso a notícia fosse a de que clubes como Milan, Manchester United, Real Madrid e outros grandes estivessem rompendo com a família da Fifa. 

Infelizmente, para o mundo do automobilismo temos a chance, talvez única, de observar as conseqüências de um rompimento dessa magnitude na realidade.

Os próximos desenvolvimentos dessa briga serão cruciais e poderão ganhar contornos irreversíveis e irreparáveis. E que os agentes dos demais esportes tirem as suas lições.

Vamos acompanhar e manter nossos leitores informados.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

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