Acabaram com os furos no futebol

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É cada dia mais notório que o futebol vive um período de “pasteurização” da cobertura da imprensa. O jornalismo investigativo, descobridor de grandes histórias do mundo da bola, está com os dias contados. Ou, pelo menos, com a tendência a ficar cada vez mais raro de existir.

E qual é o motivo para isso?

A acomodação da imprensa, em parte, explica esse fenômeno. Em tempos de internet e comunicação mais do que instantânea, é cada vez mais fácil você obter informações de fontes oficiais sem a necessidade de correr atrás da notícia. Basta acessar o twitter, o site oficial, o blog e semelhantes que a informação está à disposição.

Mas talvez essa seja a origem para que esteja cada dia mais complicado o jornalismo esportivo ser uma escola de formadores de bons repórteres, como já foi no passado. O amadurecimento dos profissionais que atuam no futebol tem provocado uma certa preocupação com a qualidade da transmissão da notícia. E isso faz com que, finalmente, o futebol discuta a necessidade de profissionalização dos departamentos de comunicação.

Não é mais comum vazarem informações sobre negociações de patrocínio. Demissões de treinadores são alinhadas com todos os envolvidos antes de serem comunicadas à imprensa. Saída e chegada de atletas são cada vez mais oficializadas depois de o contrato ter sido assinado ou, pelo menos, todas as partes terem chegado a um acordo.

Foi-se o tempo em que o clube permitia vazar informações antes de o negócio estar consumado. E isso mostra uma evolução na maneira como o futebol está preparado para ser gerido como negócio. Às vezes, se uma história é passada à imprensa antes de ter sido consumada, atrapalha a negociação, que muitas vezes vira pó.

Esse cenário é péssimo para o jornalismo de investigação, mas permite que o futebol caminhe cada vez mais para uma profissionalização num dos campos mais carentes, que é o da gestão. Aos poucos, essa evolução no comando do futebol se refletirá nas outras áreas.

O jornalismo já “sofre” um pouco com isso. Mas, do outro lado, os dirigentes nunca estiveram tão tranquilos no comando de suas funções.

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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