A tecnologia na arbitragem do futebol

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Caros amigos da Universidade do Futebol,

A Fifa realizou a última reunião de seu Comitê Executivo, na Cidade do Cabo, onde debateu alguns temas bastante interessantes e importantes no contexto do atual modelo do futebol.

Foram discutidas alterações nos jogos eliminatórios das Copas do Mundo e, também, a grande polêmica envolvendo as apostas no futebol (assunto esse objeto de várias de nossas colunas).

Um tema importante, que permeia uma série de assuntos abordados na reunião da Exco da Fifa, é a questão da introdução de tecnologia na arbitragem do futebol. Esse assunto tem impacto na questão do gol ilegal da França contra a Irlanda e, também, na possível introdução de outros dois juízes, atrás dos gols, nas partidas.

Em outros esportes, com sucesso, pudemos observar a adoção de tecnologias, tais como o já famoso ¨olho de falcão¨ introduzido pela ATP nas partidas de tênis. No hockey, há tempos há o uso da televisão para auxiliar a arbitragem das partidas.

A Fifa já se pronunciou a respeito, por meio de seu vice-presidente e ex-jogador Franz Beckenbauer, dizendo que a introdução da tecnologia “diluiria a emoção do jogo” (may dilute the emotion of the game).

Eu particularmente concordo com o Kaiser Beckenbauer. Podemos notar nas diversas transmissões dos jogos na televisão, que muitos dos comentarias, inclusive ex-árbitros, têm opiniões diferentes, mesmo após o exame do replay. Entendo que muitos dos lances polêmicos são subjetivos e poderiam causar uma enorme confusão e atraso nas partidas se fossem dirimidos pelo uso da tecnologia.

Creio também que haveria a possibilidade de analisarmos lances mais objetivos por meio de equipamentos tecnológicos, tais como os casos de dúvida se a bola entrou ou não no gol. No entanto, penso que o elemento da participação exclusiva de seres humanos no momento da decisão da jogada (árbitros e bandeirinhas), contribui bastante para a existência da emoção no futebol, que fez deste esporte o mais popular no mundo.

De qualquer forma, ao menos na legislação brasileira, teríamos a possibilidade de anular uma partida por erro de direito do árbitro (o que seria o caso se, por exemplo, o juiz tivesse visto a mão na bola do Henri, porém achasse que o jogador poderia colocar a mão na bola propositalmente, sendo que isso não configuraria nenhuma irregularidade. Isso seria um erro de direito).

Em suma, acredito até que a Fifa pode propor a inclusão de um maior número de árbitros (apesar de defender que isso implicaria em um acréscimo de custos, que a maioria dos jogos de futebol não poderia suportar). Mas, não entendo como necessário e nem conveniente a inclusão de tecnologia para interferir na arbitragem do futebol.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

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