Três rapidinhas

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Três notas rapidinhas nesse úmido período de férias:

1) O futebol brasileiro deveria participar mais dos projetos de reconstrução do Haiti. É o mínimo que precisa ser feito para pagar a enorme dívida de gratidão. Afinal, acredite, a Copa do Mundo de 2014 só veio pro Brasil por causa do Haiti. Não fosse por ele, Lula não teria se encontrado tão cedo com Ricardo Teixeira, que ofereceu a seleção de graça para jogar o amistoso com o país, coisa que foi pedida pelo presidente Haitiano por conta da designação do Brasil como chefe de missão de paz da ONU. Se o amistoso não tivesse acontecido, Lula não teria se reunido tão cedo com Teixeira. E se essa reunião não tivesse acontecido, a Copa de 2014 provavelmente não viria para cá. E se a Copa não viesse para cá, o futebol brasileiro dificilmente viveria o “oba-oba” atual. Eis, portanto, razão suficiente para uma participação mais incisiva do futebol brasileiro na recuperação do Haiti. Coisa que, convenhamos, não vai acontecer.

2) É óbvio que os valores de patrocínio no Brasil estão super-inflacionados, o que não é algo necessariamente ruim. O que espanta é a curta duração dos contratos, coisa que nenhuma empresa sã que saiba o que está fazendo quando patrocina um esporte faz. Isso mostra uma certa imaturidade do mercado patrocinador, mas não do patrocinado. Ninguém pode imaginar também que o nível de exposição de uma marca justifique tamanho investimento no país, especialmente porque essa exposição é extremamente controlada por apenas um veículo. Isso pode levar a duas alternativas: ou está sendo criada uma bolha de patrocínio no país ou tem alguma estratégia muito diferente por trás disso tudo. De qualquer maneira, se for levado em conta que para ativar um patrocínio de maneira minimamente adequada uma empresa precisa investir praticamente duas vezes o valor que ela gasta com o patrocínio, a Hypermarcas vai gastar muito, mas muito dinheiro esse ano em promoção de seus produtos. Bom para o Corinthians e para o Flamengo. Para a Hypermarcas, talvez não tanto.

3) A crescente dívida do Manchester United mostra exatamente o porquê de não se salutar o modelo de clube-empresa. Quando um clube tem um dono, ele faz o que bem quiser com o clube. Afinal, ele é o dono. No caso do Manchester United, Malcom Glazer e sua trupe de filhos, que são os donos do clube, tiraram sacos e mais sacos de dinheiro do clube em forma de pagamento por serviços prestados e até empréstimos. Enquanto isso, a dívida do clube cresce. E os resultados em campo começam a preocupar. Se o Manchester United não ganhar nada esse ano, a torcida vai se revoltar. Vai xingar. Vai protestar. Mas vai ter pouco o que fazer, a não ser que autoridades públicas se envolvam com a questão. Afinal, os caras são os donos. E, como donos, eles fazem o que eles bem entenderem. Imagina se isso acontece por aqui?

Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br

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