Os interesses do engenheiro e tecnólogo no desenvolvimento da tecnologia esportiva

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Olá amigos!

No texto inicial dessa série que aborda os interesses dos profissionais no desenvolvimento da tecnologia esportiva, fizemos um questionamento sobre como estabelecer um diálogo partindo dos interesses de cada um destes profissionais. Como suprir as necessidades dos técnicos e atletas sem se distanciar das necessidades do público em geral, e se aproximando dos interesses do gestor ou investidor?

Hoje, iremos identificar os objetivos e interesses daqueles que detêm o conhecimento sobre a tecnologia e os recursos, sejam eles engenheiros de computação, analistas de sistemas, tecnólogos, enfim, profissionais relacionados ao desenvolvimento propriamente dito.

Para eles, quais seriam os interesses? Talvez sejam os mais simples e fáceis de identificar:

Utilização dos conhecimentos modernos em tecnologia para otimização e atendimento das necessidades dos clientes;

Case de sucesso no mercado tecnológico.

Não consigo ver muito mais do que essas duas pretensões. Com certeza, quem for do meio pode ter algo a acrescentar, mas imagino que, relativo ao esporte, são esses os interesses de quem desenvolve tal segmento.

Vale destacar o convívio pessoal, nesses últimos anos, com tais profissionais e a riqueza que a tão famosa multidisciplinaridade traz para a concretização de projetos.

Fruto de incessantes piadas, o pragmatismo do engenheiro, sobretudo no desenvolvimento de projetos, na elaboração de metas, no levantamento de requisitos, é elemento admirável e até mesmo invejável para o mundo do futebol.

Se o futebol apresentasse o rigor e o cuidado que os profissionais em tecnologia possuem no desenvolvimento dos projetos, com certeza, as surpresas estariam restritas aos justos aplausos destinados às imprevisibilidades do campo de jogo, da magia, do artista, do futebol em sua essência, e não a aspectos obscuros, estranhos e mesquinhos que, por muitas vezes, interferem no desenrolar do jogo.

E quando nos referimos ao rigor e cuidado, tomemos por definição que não são sinônimos de rigidez e medo, mas que sejam compreendido como zelo e comprometimento com o sucesso do projeto, o que, para os interesses do desenvolvedor, significa a satisfação do usuário final.

Talvez, este seja um dos maiores “problemas”. Gosto de chamar assim, pois, quando falamos em problemas sempre esperamos encontrar as soluções. Isso porque a satisfação do usuário vem atrelada aos resultados, os quais no meio esportivo, diferem, e muito, dos resultados que constam na gestão de qualidade no desenvolvimento de softwares.

Para nós (esporte), o resultado está intimamente ligado ao placar, para os desenvolvedores o resultado relaciona-se à capacidade do usuário em utilizar e alcançar os objetivos traçados inicialmente ao escolher determinada tecnologia.

Neste ponto se encontra o grande erro. Nós do esporte, em muitas vezes, queremos que o computador entre em campo e faça um gol de cabeça, ao invés de estudar, planejar e intervir com base nas informações processadas, comparadas, armazenadas e exibidas em alta velocidade, dinamismo e precisão dos sistemas desenvolvidos pelos engenheiros. Mas aí, já são outros interesses…

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

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