Futebol na lona

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Entre 2006 e 2009, o número de assinantes saltou de 5,2 milhões para 8 milhões. Pouco mais de 50% de aumento em três anos.

O Premiere FC, mesmo sistema de pay-per-view (PPV), dirigido ao futebol, atingiu números bem mais modestos.

Em 2009, o Clube dos 13 teve conhecimento, em agosto, da última pesquisa que havia sido realizada entre torcedores-consumidores dos canais PPV do Campeonato Brasileiro.

Flamengo, Corinthians e Palmeiras lideraram os números, que balizarão a distribuição de cotas em 2010. Logo a seguir vem, pela ordem, São Paulo, Inter e Grêmio.

Os dados apresentados pela Globosat, em conjunto com os institutos Ibope e Datafolha, mostram que foram vendidos mais de 600 mil pacotes para o Nacional deste ano, quase o triplo comercializado em 2006.

Resultado do combate entre as lutas e o futebol, na arena da TV por assinatura: 8 milhões contra 600 mil.

Nocaute no primeiro round.

Obviamente que levaríamos tempo e espaço para discorrer sobre uma análise mais profunda das razões de cada esporte apresentar tais números tão antagônicos.

A comercialização das lutas em PPV decorre da evolução geral daquilo que, inicialmente, surgira como eventos isolados e que agora se posiciona como um verdadeiro esporte.

Esforços conjuntos de regulamentação das competições e das lutas, somados ao marketing organizado e agressivo, passando pela presença de lutadores do mundo todo – que recebem bolsas de até US$ 250 mil por luta, inclusive alguns brasileiros – fez o valor do UFC, a mais conhecida delas, saltar de US$ 2 milhões para estimados US$ 1 bilhão.

O preço médio das mensalidades gira em torno de US$ 60,00 (R$ 120,00).

O mercado de comercialização do PPV para o futebol, portanto, tem muito a crescer ainda no Brasil e, conseqüentemente, turbinar o ambiente de negócios que o envolve, incluindo a atenção de patrocinadores e apostando também na expansão da TV digital, que pressupõe a liberdade e interatividade do usuário como chaves.

Nem todo mundo cabe nos estádios de futebol para assistir aos jogos. E nem todo mundo quer ficar sujeito aos sabores de audiência dos clubes de maior torcida do país, nas TV abertas.

O que as pessoas querem, inclusive nossa crescente classe C, é conforto e comodidade, além de segurança. E pagam por isso.

Se for em casa, na frente de uma TV de plasma ou LCD, assistindo ao seu time jogar, melhor ainda.

Porque, nos estádios e nas imediações, ainda é, pra falar o mínimo, uma bela aventura e um exercício de redução das expectativas.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

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