O exemplo do modelo americano de Ligas

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Caros amigos da Universidade do Futebol,

Na última quinta-feira, em uma das aulas que ministro em gestão do futebol, surgiu um assunto bastante interessante. Bem verdade que mais acadêmico que prático, mas de toda forma muito pertinente.

Discutíamos a construção histórica dos esportes nos Estados Unidos, e o caráter exclusivo com que as relações esportivas profissionais foram desenvolvidas naquele país. Como o esporte norte-americano teve, desde seu início, uma orientação voltada para o profissionalismo e o lucro.

Fazendo o paralelo para o modelo de ligas europeu, pode-se perceber que o sistema norte-americano permite uma maior intervenção dos órgãos reguladores sobre os clubes (ou franquias), viabilizando um maior controle do chamado equilíbrio competitivo (competitive balance).

No modelo europeu, temos uma maior liberdade para o fortalecimento dos clubes maiores, em detrimento da grande massa dos pequenos clubes, cada vez mais enfraquecidos.

Recentemente, a Uefa na Europa sinalizou com a preocupação da proteção de clubes menores, e, com apoio da Liga Francesa e do Michel Platini, tentam implementar um sistema de licenciamento financeiro dos clubes, para começar a promover um maior controle sobre os clubes. Em outras palavras, se os clubes maiores forem compelidos a pagar suas dívidas (ou ao menos gerenciarem seus passivos), poderíamos ter um maior equilíbrio.

Também deveria haver um controle maior sobre a distribuição solidária de receitas entre os clubes menores, de forma a sempre permitir que clubes menores estejam fortes nas suas competições (para permitir que semifinais como a que vemos hoje em São Paulo aconteçam com maior frequência).

O modelo americano de ligas fechadas é impossível de ser implementado no nosso modelo europeu de divisões abertas, com promoções e rebaixamentos. Porém, é preciso olharmos para alguns princípios lá vigentes, que poderiam ser úteis para nós e, principalmente, fortalecer clubes formadores, pequenos e tradicionais, que são, no frigir dos ovos, o combustível principal que movimenta a nossa indústria do futebol profissional.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br  

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso