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1- Se você perguntar para o Jérôme Valcke – que ninguém lembra, mas foi o cara responsável pelo rolo entre a Fifa, a Mastercard e a Visa, no qual disse que no mundo dos negócios não se diz necessariamente a verdade, o que é chamado de mentira comercial – qual é a maior preocupação da sua vida no momento, ele certamente não dirá que é o Morumbi. Afinal, ele é o cara responsável por Copas do Mundo na Fifa, e a África do Sul, no momento, está possivelmente trazendo mais tristezas do que alegrias para o secretário geral do futebol mundial.

Os hotéis cancelaram milhares de reservas, a venda de ingressos está abaixo da expectativa, a segurança sul-africana está sendo cada dia mais questionada, os funcionários públicos ameaçam entrar em greve e por aí vai. Não que isso vá gerar uma Copa do Mundo vazia. Longe disso. É bastante provável que os estádio estejam entupidos, de um jeito ou de outro. Agora já está muito tarde para pensar em outras estratégias, o negócio é vender ingresso. Nem que seja em supermercado. E isso, certamente, vai ter consequências para a Copa no Brasil.

A Fifa deve endurecer o jogo. Ela está aprendendo na marra que África do Sul não é igual Alemanha, Japão e Coréia. E vai perceber que o Brasil é mais parecido com a primeira do que com os últimos. Pior para quem organizar as coisas por aqui.

2- A eleição do Clube dos Treze foi bastante esquisita. Ficou parecendo que ninguém queria brigar de verdade com ninguém, independentemente das promessas feitas em troca de votos. No fim, analisando quem votou em quem, deu pra perceber que os clubes tentaram diluir o risco.

Dos quatro principais clubes de SP, dois votaram em um candidato e dois em outro, o que garantia um equilíbrio representativo independente de quem ganhasse. A mesma coisa valeu pra RJ, MG e PR e BA. Só o RS votou em peso no Fábio Koff, mas lá o cara tem os naming rights do campeonato, então já era imaginado que isso fosse acontecer.

Quem acabou decidindo foram a Portuguesa, o Guarani e o Sport. Dos estados que votaram no Kléber Leite, só Goiás não votou também no Koff. Não que isso vá gerar maiores problemas pro clube. No final, todo mundo se acerta.

No Brasil, ninguém gosta muito de brigar. Basta lembrar que o país deve ser o único lugar no mundo em que houve um golpe militar para assumir o governo sem que nenhuma gota de sangue fosse derramada.

3- O futebol brasileiro vive em constante esperança de mudanças nas estruturas de seu futebol desde os anos 1970, quando começaram a falar que mudanças eram necessárias. De lá para cá, bem verdade, pouca coisa mudou. É por isso que eu sou um pouco cético com relação a qualquer declaração esperançosa de que o futebol brasileiro passará por uma revolução.

Basta lembrar da recente histeria com relação à violência nos estádios. Criminalização, carteirinha, câmeras, diabo a quatro. Apesar do rebuliço, nada, absolutamente nada mudou de lá para cá. Na verdade, foi tudo esquecido. Parece que nem teve nada disso, tipo quando você está de ressaca. Você acha que aconteceu, mas não tem muita certeza. Daí meu ceticismo. Recomendo-o.

Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br

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