Footville

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As redes sociais, na internet, já são, notadamente, um grande e inteligente ambiente de comunicação e relacionamento entre as pessoas.

Muita gente, inclusive, relaciona-se muito mais virtualmente do que em carne e osso. É mais rápido, mais fácil – o trânsito não vira desculpa pra ninguém – e fica tudo bem entre todos, apesar da frieza aparente.

Ainda que se felicite o seu amigo deixando um recado no Orkut ou no Facebook.

É assim. E será cada vez mais comum e socialmente aceito enquanto comportamento.

Como meio de relacionamento, pois, as redes sociais já estão consolidadas. Não à toa que o Facebook desbancou o Google como site mais visitado em março.

O Second Life não emplacou porque era sofisticado e exigia demais em termos de tecnologia do usuário – não era qualquer computador que rodava.

Por outro lado, as redes sociais de hoje são facilmente acessadas até pelo telefone celular.

A partir de agora, o que se vê no horizonte é o que as pessoas vão fazer umas com as outras dentro das redes sociais.

Avançou-se da rede social 1.0, eminentemente individualista – eu coloco as minhas fotos, os vídeos preferidos, links, sites, amigos – para a rede social 2.0 – colaborativa, na qual eu posto comentários naquilo que os outros fazem, organizo as pessoas em torno de causas e interesses comuns (comunidades), faço uso de aplicativos sociais e também jogo socialmente.

Jogar socialmente? Com certeza! O grande fenômeno de jogos sociais se chama Farmville, no qual as pessoas são fazendeiros virtuais e interagem entre si, cuidando de tudo o que aconteceria numa fazenda real.

São 82 milhões de fazendeiros virtuais. E, no total, dos 400 milhões de usuários do Facebook, 230 milhões jogam socialmente.

No meio disso, existe dinheiro de verdade, sim. A moeda virtual é aceita, mas também a real, por meio de cartão de crédito. O fazendeiro pode acelerar a expansão e as benfeitorias gastando dinheiro de verdade, ou optar por fazê-lo a partir da inteligência e participação no jogo.

Sem contar, logicamente, na receita obtida pela publicidade feita por empresas interessadas em explorar o potencial das redes sociais.

O futebol, como parte integrante da sociedade brasileira e intrinsecamente ligado à própria formação do nosso povo, possui todas as características positivas para que se pudesse desenvolver um Footville.

Por enquanto, as iniciativas são tímidas ou se resumem a cópias simplistas, sobre um fenômeno complexo e com grande potencial de desenvolvimento como negócio na internet.

Os principais clubes de futebol no Brasil não se vangloriam de ter milhões de torcedores?

Todos eles devem estar, nos próximos anos, inseridos nas redes sociais da internet e jogando Farmville – na falta do Footville.

E a riqueza gerada pelos negócios não irá para o bolso do clube. Deverá ir para o BNDES virtual, como pagamento do financiamento para compra de máquinas, insumos e manutenção das fazendas.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br  

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