No ar, a Copa!

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A cada quatro anos, o mundo do futebol observa pessoas que sequer sabem quem são os jogadores da seleção brasileira de futebol e que se envolvem de tal forma que chega parecer conto ou senso comum discutir.

E nesse momento mágico quadrienal se transformam e ganham um espírito forte, cheio de sabedoria, advindo dos campos.

Quem só conhece o Dunga das conversas dos amigos acostumou-se a ouvir críticas às suas escolhas, e passou também a criticá-lo, inconformado que o dito cujo não tenha chamado os “Meninos da Vila”! Eis uma simulação de um belo diálogo:

– Vila? Quê Vila?

– Não importa, os meninos deveriam estar lá. E esse anão da Branca de Neve, ah esse anão, eu sempre soube que ele era folgado mesmo.

– Mas que anão?

– Como assim, tá por fora meu amigo, é ano de Copa. Tô falando do Dunga!

– Dunga?

– Caramba, meu! Em que planeta você vive? Preciso soletrar Cóóóó-ppppáááá dooooooo Muuuunnndddoooo?

– Mas o que tem a Copa do Mundo com a Branca de Neve ? Ah, entendi, só podem jogar anões?

– Não, não é nada disso. Dunga é o nome do técnico da seleção brasileira de futebol

– Ah, tá, agora entendi. E ele é anão?

– Ai, meu santo… Não, é apelido dele.

– Ah tá… e qual era o problema mesmo?

– Ele não quer levar os Meninos da Vila

– Vila? Quê Vila?

– Peraí, de novo, não. São os Meninos da Vila Belmiro, estádio do Santos Futebol Clube. Eles jogam um bolão.

– Ah, tá. Esses meninos são anões e o técnico não quer levá-los?

– Não, esses meninos não são anões coisíssima nenhuma.

– São santos, tipo São João, Santo Antonio?

– Você tá louco? De onde tirou isso?

– Você disse alguma coisa sobre santos!

– É que esses meninos jogam num clube chamado Santos, entendeu?

– É, mais ou menos, mas tô começando a achar que esse Dunga não entende nada de futebol?

– Eu também. Desse jeito nem deveria ir à Copa?

– Por quê? Você esta com fome? Podemos passar na cozinha e bater um rango na copa.

– Você tá por fora mesmo, hein. Copa do Mundo!!!

Horas depois…

– Pô… até que enfim você entendeu que Dunga é o técnico da seleção, e quem são os Meninos da Vila.

– Agora sim! Até acho que o Dunga está certo.

– Certo? Como assim?

– Poxa, se são chamados de meninos, é porque são novos, deve ter gente mais experiente para jogar no lugar deles. Quem você tiraria do time para levar os meninos?

– Sei lá, só sei que eles têm de ir?

– Como assim? Alguém tem de sair para eles jogarem… quem você tiraria?

– Não sei, nem sei quem joga na seleção. Só sei que esses meninos têm de ir

– Poxa, depois eu não entendo de futebol… você nem sabe quem joga na seleção…

– Pode ser, mas sem esses meninos, vai ser difícil ganhar a Copa.

– Sei lá, mas para quê serve mesmo essa Copa?

– Não sei, também, mas é legal, deve ter coisa nova, afinal todo mundo “para pra ver”!

– Será que eles vão lançar um celular novo?

– Não sei, mas bem que eu posso testar minha TV de 80 polegadas ultra high definition máster.

– Massa! Dá para usar o joystick nela?

– Acho que sim. Eles vão lançar isso durante a Copa.

– Legal! Dai dá para gente colocar os Meninos da Vila e ganhar a Copa?

– Vila? Quê Vila?

Ainda que em tom de brincadeira, o diálogo nos mostra a capacidade de envolvimento que um evento desse porte adquire. Com tamanha visibilidade, inovações nas mais distintas dimensões do esporte podem surgir, desde aspectos técnicos do jogo até, sobretudo eles, os aspectos que envolvem os grandes públicos voltados ao consumo e ao espetáculo.

Assim, deixo uma pergunta para a próxima semana: que novidades poderemos esperar da Copa? O que ela nos trará de inovações na ciência do futebol?

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

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