Olá amigos,
Por algumas vezes discutimos a formação do Centro de Informação de Jogo, (CIJ) no futebol. Alguns clubes já estão começando a montar uma central. Alguns chamam de Infocenter, outros de DataCenter, enfim, alguns nomes para as tentativas de se construir uma CIJ, mesmo que ainda tímidos.
Quando comentávamos sobre esse ponto numa palestra recentemente sobre a tecnologia a serviço do futebol, um aluno levantou a seguinte questão: que tipo de informação pode ser produzida por esses Infocenters. Isso ganha jogo?
Pergunta interessante, mas não é a resposta para ela que chama a atenção. Mas sim a simplicidade do fim da pergunta. “Isso ganha jogo?”
Sim, o ganhar o jogo é primordial para o futebol. Já dissemos anteriormente que é esse o resultado que vai determinar se o planejamento estava ou não certo, ainda que seja superficial a análise com base apenas no resultado.
Então refaço as questões que levantei durante a palestra para refletirmos, fixados pelo eixo final da pergunta, “Isso ganha jogo?”
1.Treino de velocidade ganha jogo?
2.Treino de resistência ganha jogo?
3.Musculação ganha jogo?
4.Testes Físicos ganham jogo?
5.Salário em dia ganha jogo?
6.Centro de treinamento ganha jogo?
7.Fisioterapia ganha jogo?
8.Nutrição ganha jogo?
9.Psicólogo ganha jogo?
10.Assessor de Imprensa ganha jogo?
11.Gestão ganha jogo?
12.Tecnologia ganha jogo?
Poderíamos elencar uma centena de questões envolvendo aspectos que compõem o campus (utilizando do conceito de Pierre Bourdieu) prático do futebol. Enfim, o que ganha o jogo?
Daí alguns poderiam vir e dizer: “o que ganha o jogo é gol, se você tiver feito mais gols que seu adversário você ganha o jogo.”
Daí faríamos novas perguntas:
1.Treino de velocidade faz gol?
2.Treino de resistência faz gol?
3.Musculação faz gol…
Novamente, uma centena de perguntas, até alguém mudar o argumento central da pergunta inicial, para a partir daí começarmos um novo ciclo de perguntas.
Desta forma gostaria de fazer uma reflexão. Não podemos simplesmente julgar o uso das informações no futebol pelo fato do resultado propriamente dito. Porque o que está em jogo é o uso que se faz das informações.
Daí partiríamos para um novo escopo de perguntas: competência ganha jogo?
Opa! Nessa pergunta surgiu um desconforto, mas talvez com questões que façam um pouco mais de sentido:
1.Treinar com competência a velocidade pode ajudar a ganhar o jogo?
2.Utilizar as informações tecnológicas com competência ajudam a ganhar o jogo…
Pronto, diriam alguns, ou de novo…
Afinal como avaliar a competência? Talvez na simplicidade da complexa filosofia de vida de um gênio da humanidade:
“O verdadeiro significado das coisas é encontrado ao se dizer as mesmas coisas com outras palavras”. (Charles Chaplin)
Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br