A razão

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Dentre as grandes sacadas que permitiram a evolução humana, a adoção da razão como parâmetro para tomada de decisões foi certamente uma das mais acertadas. Deu objetividade aos fatos e permitiu a minimização da escala de erros.

Não que a subjetividade seja ruim. Muito pelo contrário. É bom achar algumas coisas. É melhor ainda acreditar em outras, sem lá muita preocupação do porque de tudo. Isso permite a superficialidade que, na sua devida medida, é algo extremamente necessário para a manutenção do bem-estar do ser humano. Não dá pra saber de tudo o tempo todo. É fundamental ser superficial. Ou isso, ou a insanidade emerge. Que diga Sheldon Cooper.

O problema é que a subjetividade precisa estar necessariamente atrelada à superficialidade, que por sua vez precisa estar restrita a aplicações do mesmo nível. Decisões profundas precisam ser objetivas. Pensadas. Racionalizadas. Quantificadas. Do contrário, a decisão é baseada na mente humana. E a mente humana prega peças a todo o momento.

Como o futebol é muitas vezes visto como algo superficial, já que sua profundidade é barrada pelo desconhecimento da matéria, ele obrigatoriamente se torna objeto de inúmeras decisões subjetivas, baseadas em pouco ou quase nada. Daí, surge a imprevisibilidade dos resultados e a impossibilidade de análise de sucesso de qualquer tipo de projeto.

Pouco, muito pouco separa, por exemplo, a aposta na formação de um time de jogadores de qualquer outro tipo de aposta, inclusive no mercado financeiro. A diferença é que este último tende a se cercar da maior quantidade de dados possível para dar pouca margem para ações emocionais e subjetivas. Com isso, diminui-se o risco e se potencializa o retorno de qualquer investimento.

No futebol, a carência de conhecimento e a incapacidade interpretativa dão margem para decisões motivadas por emoção e por falta de conhecimento. De tal modo que a imprevisibilidade reina e o fator sorte torna projetos comuns em grandes sucessos e projetos mais complexos em retumbantes fracassos. Mais conhecimento é preciso ser gerado e mais capacidade interpretativa das informações precisa ser desenvolvida. Sem esses, o desenvolvimento do futebol estará sempre sendo guiado pelo puro e simples acaso. Para a sorte de uns, para o azar de outros, e para a razão de poucos.

Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br   

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