Pressionar a bola marcando por zona, individual por setor e individual homem a homem

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Exercer algum tipo de pressão sobre a bola é fundamental para que se consiga desorganizar o sistema ofensivo adversário.

Essa pressão, obviamente, pode variar de equipe para equipe, e independe da região do campo que a bola ocupa. Isso quer dizer que o fato de uma equipe optar por atacar a bola a partir da linha “3” e outra já na linha “1” não descaracteriza o fato de que estejam exercendo pressão sobre ela – a bola (apenas adotam referências espaciais diferentes).

Uma questão importante, que tem relação com as estratégias para se pressionar a bola, diz respeito ao tipo de marcação que uma equipe adota para seu sistema defensivo.

Se a marcação for individual homem a homem, individual por setor, ou zonal, distintas implicações sistêmicas emergirão para manutenção de seu equilíbrio organizacional defensivo.

Para exemplificar com uma dessas implicações sistêmicas, vejamos como se daria a pressão sobre a bola em determinada região do campo, com a utilização de cada um desses tipos de marcação.

Vamos supor que determinada equipe tenha como referência de ação pressionar a bola sempre que ela atingir a região “A” (como podemos observar na figura abaixo).


 

Quando a marcação for individual homem a homem (aquela em que cada jogador deve marcar outro jogador previamente determinado e acompanhá-lo sempre), ao ter a bola penetrando na região “A” sob o domínio de algum adversário, o marcador correspondente a ele deverá imediatamente atacar a bola para tentar o desarme, enquanto seus companheiros encurtam a distância dos seus respectivos “marcados”.


 

Na marcação individual homem a homem, a pressão sobre a bola na região “A” poderá ocorrer a cada situação, com a ação de um diferente jogador e/ou sobre um diferente adversário.

Quando a marcação for individual por setor (aquela em que cada jogador é responsável por marcar o adversário que invade seu espaço), ao ter a bola penetrando na região “A” sob o domínio de algum adversário, o jogador (ou jogadores) responsável por ela (região “A”) deverá atacar a bola para tentar o desarme, enquanto seus companheiros encurtam a distância dos jogadores adversários que estão em seus respectivos setores.


 

Na marcação individual por setor, a pressão sobre a bola na região “A”, via de regra, ocorrerá a partir da ação de um mesmo jogador (ou jogadores) responsável pelo setor correspondente à região “A” – sobre um mesmo ou distinto adversário.

Quando a marcação for zonal (aquela em que o jogador é responsável por marcar o um espaço, e não um adversário), ao ter a bola penetrando na região “A” sob o domínio de algum adversário, os jogadores fecham os espaços para que a bola, ao ser atacada nesta região, não consiga sair dela, e possa ser recuperada através de um desarme ou interceptação.


 

Na marcação zonal, a pressão sobre a bola na região “A”, via de regra, ocorrerá a partir da ação de todos os jogadores que atuam diretamente ou indiretamente no espaço correspondente à região “A”, circunstancialmente – independentemente de ser o mesmo ou distinto adversário.

A relação do tipo de marcação com a ação de pressão sobre a bola ou sobre o adversário é apenas uma das variáveis que, quando manipuladas ou alteradas, acarretarão mudanças importantes no comportamento da equipe e na dinâmica do jogo.

Conhecer bem essas mudanças e a maneira como elas interagem é a única maneira de intervir precisamente na construção do processo de treinos de uma equipe de futebol (seja ela do alto nível competitivo profissional ou não) para alcançar os resultados de excelência desejados.

Para interagir com o autor: rodrigo@universidadedofutebol.com.br  

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