Nunca antes na história deste país…

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Nunca antes na história deste país, teríamos dois eventos esportivos, de abrangência internacional, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

Nunca antes na história deste país, eventos deste porte, em 2014 e em 2016, exigiriam comprometimento dos governos para melhorar a infraestrutura geral do Brasil.

Nunca antes na história deste país, teríamos um fluxo de turistas muito maior do que a média anual que recebemos.

Nunca antes na história deste país, os interesses da indústria esportiva mundial voltariam os olhos para as oportunidades de um mercado emergente e com potencial de desenvolvimento junto a 200 milhoes de pessoas.

Nunca antes na história deste país, teríamos que qualificar mão-de-obra em todas as frentes envolvidas na realização destes eventos – de garçons a presidentes de clubes e federações, passando por arquitetos e engenheiros, advogados e médicos, jornalistas e tradutores.

Nunca antes na história deste país, teríamos que enfrentar os problemas de segurança pública como exigem as circunstâncias – mais ação, menos discurso – que, em alguns casos, se assemelham a uma guerra civil.

Nunca antes na história deste país, fomos impulsionados a pensar em legado esportivo e criar condições para a prática e desenvolvimento duradouros e sustentáveis, levando-se em conta o relevante papel que o esporte preenche na sociedade.

Nunca antes de agora.

Tenho visitado recentemente São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores metrópoles do Brasil hoje e que serão na época da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.

Encontrar vaga em hotel, em ambas, é muito difícil.

Vôos cancelados e aeroportos congestionados, então, nem se fala.

Problemas de segurança – preventiva, não repressiva – são inúmeros.

Trânsito caótico e atrasos no caminho justificavam a falta de pontualidade brasileira.

A Soccerex (e seus frequentadores), uma das maiores feiras da indústria do futebol mundial, no RJ, padeceu destes problemas.

Sem contar que todo mundo que estava lá queria vender alguma coisa. Ninguém queria comprar nada.

Talvez porque nunca antes na história deste país, havia sido organizada uma feira internacional de negócios do futebol, cuja simples necessidade de se falar uma língua estrangeira, como o inglês, não permitia os players do futebol brasileiro atuarem com desenvoltura para fechar bons negócios.

Imaginem os garçons, camareiros, taxistas, ambulantes, seguranças, espalhados pelas 12 cidades-sede da Copa.

Vão ter que aprender inglês no mesmo tempo em que o Brasil constrói o trem-bala, os estádios, as rodovias, os aeroportos, os portos…

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

 

Autor

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso