É hora de planejar, não sem antes avaliar

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Acabou o Brasileirão 2010, e nesta semana vivemos um misto de justificativas com perspectivas. É imprescindível que o planejamento da nova temporada seja precedido pela avaliação da que se encerrou há instantes. Mas nem sempre isso é tomado como verdade nos clubes.

 

Não consigo imaginar um clube desenvolver seu planejamento sem uma avaliação do que fez na atual temporada. Neste planejamento deve estar incluso todo e qualquer tipo de informação. E será que os clubes têm um banco de informações, será que detêm uma gestão de conhecimento que os permitam fazer essas avaliações?

E que informações poderiam ser analisadas com auxílio da tecnologia da informação?

Bom, são várias as possibilidades e cada uma com certeza gera assunto bem interessante, portanto, no texto desta semana, vamos apenas sondar que itens os clubes poderiam consultar na sua base de informações.

Do ponto de vista financeiro, avaliar os gastos com viagens e logísticas de hospedagem, concentração etc.;

Do ponto de vista financeiro e técnico, avaliar as contratações e salários dos atletas, qual perfil de contratação não deu certo, quais outras contratações foram mais impactantes no desempenho da equipe;

Do ponto de vista do marketing, que momentos foram mais bem explorados, relacionados diretamente ou não com a atuação da equipe e quais não deram a repercussão esperada seja em visibilidade ou mesmo retorno monetário;

Do ponto de vista do jogo propriamente dito, que jogos foram determinantes para o sucesso ou insucesso da equipe. E nesse aspecto poderíamos nos alongar um pouco mais.

Será que em alguns dos jogos perdidos, a análise do adversário foi bem feita? Algo poderia ter sido diagnosticado? Algo foi identificado, porém, não foi transferido para a questão do jogo? Tudo ocorreu pela imprevisibilidade do futebol ou teve algo que poderia ter sido mapeado e evitado?

Com essas perguntas caímos novamente na questão do uso dos scouts e análises, que podem ter uma ação transversal na análise jogo a jogo e também uma longitudinal, ao final da temporada como estamos insinuando nesse momento.

É como um nadador ao acabar uma temporada ver os motivos dos milésimos de segundo que o fizerem perder a medalha de ouro. A angulação do movimento, a intensidade, o preparo mental, a virada de pescoço, a braçada mais alongada no momento da virada, enfim, uma análise de todo os fatores que interferiam no seu desempenho e podem ter feito a diferença.

A mesma coisa acontece com os clubes, ou será que Corinthians e Cruzeiro não estão buscando onde estariam os pontos que faltaram para o título?

E é nisso que devemos pensar como uma das possibilidades do scout. O scout não dá resposta, como muitas vezes as pessoas esperam e exigem – quem trabalha com isso é cobrado por respostas. Mas essa ferramenta ajuda a formular perguntas, e muitas vezes uma pergunta bem feita é a chave para a uma boa resposta.

É hora de planejar, não sem antes avaliar.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br  

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