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Acompanhando o Mundial de Clubes e refletindo: como as entidades do futebol vivem um ambiente extremamente instável, em que algumas vezes a explicação está no inexplicável. E aí pergunto: como adotar um modelo de gestão sem que situações pontuais atrapalhem a sustentabilidade e os projetos no médio/longo prazo?

O caso em voga é o do Internacional de Porto Alegre, que foi eliminado prematuramente pelo Mazembe, do Congo, no Mundial de Clubes de 2010 realizado em Abu Dhabi, e foi do céu ao inferno em apenas 90 minutos – assim como os mais de cinco mil colorados que viajaram do Brasil para o Oriente Médio. Perder para a Inter de Milão, que seria a mais previsível final do torneio, não seria lá um grande desastre, é bom que se diga.

Falando objetivamente sobre gestão, é possível afirmar que são nesses momentos que podemos e devemos visualizar e mensurar a qualidade dos gestores à frente dos processos de trabalho. Saber filtrar aquilo que foi construído até então, sem que um fato contamine os próximos passos da organização, podem ser classificadas como as principais virtudes dentro do todo que foi construído.

O mais importante é fazer com que as pessoas que tomam decisões nas organizações de esporte passem a adotar um posicionamento mais racional e menos emocional sobre aspectos análogos. Precipitar-se, com base em um momento único, nem sempre é a melhor solução.

O Prof. Gustavo Pires (2007) nos ensina que “uma das mais significativas mudanças organizacionais da próxima década terá a ver com a atitude cultural das pessoas acerca da própria mudança. A responsabilidade, os processos de tomada de decisão, os sistemas de ligação. Nestes domínios esperam-se e desejam-se grandes mudanças no mundo das organizações desportivas que é um mundo tradicional e, muitas vezes, irresponsável”.

Assim, superar esse tipo de percalço com sabedoria, que ocorre com certa frequência em vários clubes, ano após ano, dentro de sua escala de atuação e abrangência, é o que diferencia as organizações de elevado sucesso no futebol daquelas medíocres, que respondem e reagem pelo momento e não pelo contexto. Que tentam explicar o inexplicável, olhando para trás, sem a devida reparação de seus erros e com um olhar profundo sobre o futuro.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

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