O mês de dezembro costuma ser agitado pela efervescência natural do período, que envolve Natal, reflexões pessoais para o próximo ano, encontros e desencontros familiares, nostalgia do que passou.
E muita gente encontra conforto em traduzir os sentimentos dessa época oferecendo presentes aos que lhe são caros ou próximos.
Temos uma enxurrada de amigos-secretos no trabalho, na família, com os amigos.
E dá-lhe presentes…
Não é fácil encontrar o presente certo para as pessoas. Quanto mais se conhece, melhor fica, mas, ainda assim, não é fácil.
A base das melhores escolhas é a informação. Informação deve ser transformada em conhecimento, e conhecimento em sabedoria.
E a fonte primária de informação é sempre melhor. Mas fica difícil imaginar todo mundo perguntando a todo mundo o que gostaria de ganhar de presente.
O próprio encanto da coisa se perderia.
No futebol, porém, o encanto deve dar lugar à racionalidade.
Não basta o clube perguntar à torcida quem ela gostaria de ver contratado para o ano seguinte: se o Pelé ou o Mané.
O Papai Noel não entrega gratuitamente, e o preço que se cobra por escolhas equivocadas de presentes pode determinar o êxito ou fracasso do ano seguinte.
Reunir-se para comprar tem sido algo interessante, ao contrário de comprar para reunir.
A febre das compras coletivas pela internet chegou ao futebol. O São Paulo está vendendo ingressos para o Campeonato Paulista a preços irresistíveis.
Deve-se tomar muito cuidado para sair às compras no mercado de transferências do futebol.
Pra não comprar gato por lebre. Tampouco sair usando o cartão de crédito como se fosse revólver em mão de macaco.
Comprar por impulso natalino, para presentear a família e os amigos é espirituoso.
Mas, a partir de janeiro, a conta já começa a chegar.
Na nossa casa.
Ou no nosso clube.
Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br