O Twitter, atualmente, tornou-se uma das melhores fontes de polêmicas para o jornalismo mundial, especialmente aquele que está ligado ao esporte. A briga da vez foi entre Ronaldo e Neto, dois grandes jogadores do passado e que, hoje, também batem um bolão com uma legião de seguidores na rede social do momento.
O entrevero entre os dois escancarou, mais uma vez, o poder que o microblog tem de tornar públicas as opiniões das pessoas e, mais do que isso, em gerar crises maiores do que poderiam ser. Diferença de opinião é algo absolutamente saudável para a vida em sociedade. E, muitas vezes, o Twitter é só uma forma de vermos, publicamente, a exposição de diferentes posições de pessoas que geralmente não aparecem na mídia para falar de determinados temas.
Foi o caso desse embate entre Neto e Ronaldo. Se estivéssemos numa “Mesa Redonda” da vida, provavelmente nunca chegaríamos a esse nível de debate. E o motivo é simples. O que mais impressiona entre a troca de gentilezas dos dois craques da bola, porém, é a falta de noção, de ambos, do que representa usar o Twitter.
As pessoas continuam a não entender que o microblog não é nada além do que um outro veículo de comunicação. E, mais do que isso, é um veículo próprio e personalizado. O que Ronaldo escreve no Twitter é dele, a opinião dele, que vale para ele conseguir expor o seu ponto de vista sem interferência de outra pessoa, como geralmente acontece no jornalsmo tradicional.
E é isso que garante para o Twitter, hoje, uma relevância dentro do jornalismo. Na falta de uma entrevista, de uma declaração, busca-se o microblog para ver o que aquela pessoa está “falando”.
Essa é uma das maravilhas do Twitter num jornalismo que foi sufocado pelo trabalho cada vez mais eficiente das assessorias de imprensa. Se o jogador não fala para o jornalista, pelo menos ainda existe seu perfil no microblog.
Hoje é um pouco mais simples fazer jornalismo, mesmo com as declarações do microblog sendo públicas. Só que a tendência é, em breve, o próprio Twitter virar uma terra de declarações previamente ensaiadas e pensadas. Para felicidade, mais uma vez, dos assessores de imprensa…
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