Segredos do mercado de transferências

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Acompanhando o blog (http://esportejuridico.blogspot.com/) do colega e postulante ao título de Bacharel em Direito, Felipe Tobar, não pude deixar de referi-lo pela contextualização e pertinência da discussão de seu último texto, que versa sobre “os doze principais segredos do mercado de transferências”.

Tobar extraiu do livro de Simon Kuper e Stefan Szymanski (Soccereconomics – Por quê a Inglaterra perde, a Alemanha e o Brasil ganham, e os Estados Unidos, o Japão, a Austrália, a Turquia – e até mesmo o Iraque – podem se tornar os reis do esporte mais popular do mundo) que detalhou os “12 principais segredos listados para os clubes atuarem no mercado de transferências:

(1) Não permita que um novo técnico desperdice dinheiro com transferências; (2) Use a sabedoria das massas (quanto mais opiniões melhor); (3) Astros de Copas do Mundo ou campeões europeus recentes são sobrevalorizados. Ignore-os; (4) Certas nacionalidades são sobrevalorizadas; (5) Jogadores mais velhos são sobrevalorizados; (6) Centroavantes são sobrevalorizados, goleiros são subvalorizados; (7) Os cavalheiros preferem os louros: identifique e abandone “preconceitos visuais”; (8) O melhor momento para comprar um jogador é quando ele tem 20 e poucos anos; (9) Venda qualquer jogador quando outro clube oferecer mais do que ele vale; (10) Substitua seus melhores jogadores antes mesmo de vendê-los; (11) Compre jogadores com problemas pessoais e os ajude a superá-los; (12) Ajude seus jogadores a se adaptar. Como opção, os clubes podem simplesmente se aferrar à sabedoria convencional!”

Na verdade, não acredito em “fórmulas de bolo” em nenhum ramo de negócios, tal e qual os “segredos” são expostos. Mas há uma evidência clara de que, se pegarmos alguns deles e fizermos um estudo por amostragem, encontraremos um comportamento semelhante, com elevada correlação entre cada caso prático.

Os ensinamentos têm claro respaldo nas teorias relacionadas a gestão de recursos humanos e que, intrinsecamente, remete a uma reflexão voltada para a adoção de uma cultura e política de critérios para os clubes, particular a cada um deles. Profere ainda que não se deve possuir um comportamento atrelado a meros modismos que o mercado passa a adotar em determinadas situações, o que incentiva uma ação por impulsos que às vezes é irracional.

Perpassa ainda a importância de haver um acompanhamento e alinhamento de todos os departamentos dentro de um clube de futebol, para que estes, desde a parte técnica até a de marketing, passando pelo setor administrativo, financeiro e outros, se conversem a fim de otimizar as tomadas de decisões em termos de contratação e montagem de um elenco, atendendo os anseios dos diversos stakeholders.

Mesmo discordando um pouco do item 2, que fala para se “ouvir as massas” e, nesse caso, se as tais “massas” não tiverem conhecimento técnico de nada valerão, bem como pelo item 11, que deve ser olhado com um cuidado maior do que a singela crença de que “em educando o atleta, o mesmo ficará eternamente grato ao clube”, penso, em resumo, ser bastante válido os pontos de reflexão para futuras ações relacionadas a gestão de contratações e transferências de atletas.

A leitura crítica ao texto do blog produzido pelo Felipe Tobar, conforme referido anteriormente, pode contribuir também para o confronto de ideias e evolução dos princípios ora apresentados.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso